Enfermeiros iniciam greve de quatro dias convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

Paralisação será por regiões de saúde

Os enfermeiros iniciam hoje uma greve de quatro dias convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para exigir a “correta contagem dos pontos para todos os profissionais” e protestar contra o encerramento do processo negocial sobre a carreira.

A greve geral decorrerá nos turnos da manhã e da tarde nas instituições de saúde do setor público até quinta-feira e será feita por regiões de saúde, disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins.

Hoje, a greve decorre nos hospitais e centros de saúde da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, na terça-feira na ARS do Centro, no dia seguinte na ARS do Norte e na quinta-feira nas regiões do Algarve, Alentejo e Açores.

“É uma greve de todos os enfermeiros para todos os enfermeiros”, cujos “objetivos centrais” se prendem com “duas grandes questões”: a correta contabilização dos pontos para efeitos de descongelamento das progressões e o encerramento da negociação da carreira por parte do Ministério da Saúde, explicou José Carlos Martins.

Apesar de estar marcada uma reunião de negociação suplementar para o dia 30 de janeiro, o SEP decidiu manter a greve por considerar que as propostas apresentadas pelo Ministério da Saúde “estão muito longe daquilo que são as justas reivindicações dos enfermeiros”, sublinhou.

“Nós continuamos a exigir, a pugnar e a lutar” para que seja contabilizado todo o percurso dos enfermeiros que foram reposicionados nos 1.200 euros, para que “não sejam penalizados duas vezes”, vincou.

Assim, os enfermeiros reclamam “a justa e correta contagem de pontos para todos os enfermeiros independentemente do vínculo contratual” e que “o Governo cumpra o que assumiu quando se propôs” negociar a carreira, “isto é, a sua valorização e dignificação”, refere o SEP.

Esta greve não está relacionada com a greve dos enfermeiros em blocos operatórios, convocada pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), que está suspensa até 30 de janeiro, dia em que haverá uma nova reunião negocial entre os sindicatos e o Governo.

 
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