A 30.ª edição dos Encontros da Imagem, Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, de Braga, que decorre de 11 de setembro a 31 de outubro sob o tema Genesis, selecionou já 14 projetos fotográficos, entre os 259 candidatos de 37 países, ao Prémio Descoberta (Discovery Awards).
Os finalistas “terão direito à produção dos seus trabalhos, à realização de exposições individuais e à publicação de fotografias no catálogo do evento”
O júri do Discovery Awards 2020 integrou Alexa Becker (responsável de aquisições e editora de fotografia e livros na Kehrer Verlag – Frankfurt, Alemanha), Carlos Fontes (diretor dos Encontros da Imagem), Carlos Lobo (fotógrafo e professor), Kate Edwards (editora de fotografia na Guardian Weekend Magazine – Londres, Inglaterra) e Pedro Leão Neto (investigador e editor na Scopio Editions).
A O MINHO, o curador do evento, Carlos Fontes, adiantou que o Festival terá 36 exposições individuais e coletivas, distribuídas por 20 espaços, a maior parte das quais em Braga, “e muitas delas na rua devido à pandemia”. Haverá, também, uma extensão a Guimarães, Barcelos e Porto.
Face à crise sanitária, a organização aplicou o seu plano B ao evento, “para salvaguarda dos contactos de proximidade e distanciamento social”, realizando, por isso, algumas das atividades, por videoconferência, caso da Leitura Crítica de Portefólios.
Assim, o fim de semana de inaugurações, que incluía um circuito pelas exposições, será substituído por uma sessão solene de abertura. Os meios eletrónicos servirão, ainda, para as sessões de Projeção Pública de Projetos Fotográficos.
O Festival mantém, contudo, as outras atividades habituais: Concursos, Prémios Internacionais (Descoberta, Emergentes e Livro de Autor); Leitura de Portfólios (videoconferência); Conferências temáticas online; Edição de Catálogo(s) – em princípio dois (um geral e outro sobre as Memórias de Braga); Serviço Educativo Online, e Ciclo de Cinema.
“Ponderamos disponibilizar algumas exposições do nosso acervo para plataformas online, nomeadamente as que estejam ligadas à Universidade do Minho, e à Câmara de Braga”, revelou.
Na introdução ao tema do evento, Carlos Fontes escreve: “Genesis é tudo isso: a origem ou criação e, como em todas as criações e também na arte, a génese sucede à destruição. Com cada criação surgem novos significados, outros juízos de valor, outras teorias científicas, novos mitos novos algoritmos e, insidiosamente, velhos erros e revivalismos que atrasam os significados desta comunidade do futuro que, com o seu desleixo e as suas utopias de felicidade não as quis e não as quer perder”.