Os Encontros da Imagem de Braga têm, agora, uma nova direção tripartida – já que o seu habitual organizador, Carlos Fontes saiu, mas mantendo-se na Associação dos EI e na direção da Galeria da Estação – e que é composta pelas fotógrafas Carla Bacelar, Simone Almeida e Nara Manty.
Simone Almeida revelou hoje ao o MINHO, que a programação final do evento será anunciada antes do verão, mas, entretanto, os Encontros já mexem, no caso através de três «Open Calls» (Chamada de artistas): uma para Fotógrafos Emergentes, uma segunda para Livros de Fotografia, (em edição de autor): “Até 5 de maio, cada candidato pode submeter um máximo de três livros autorais para a consideração do júri. Serão selecionados 30 finalistas para uma exposição coletiva aquando do Festival . O vencedor será galardoado com o prémio monetário de mil euros”.
A terceira é a de Leitura de Portfólios, neste caso, de novo em formato presencial, ou seja com a presença dos artistas e do júri internacional, o que já não sucedia desde o início da pandemia.
No corrente ano, os Encontros promovem, também, duas residências artísticas, a primeira já em curso com o acolhimento de Carlos Barradas, fotógrafo com Doutoramento em Antropologia e Mestrado em Fotografia Contemporânea pelo Instituto Europeu de Design de Madrid, e a que se segue a artista Paulina Valente Pimentel
Este programa, que foi criado nos primórdios do festival, acolhe dois artistas durante duas semanas na cidade de Braga. O desafio lançado mantém-se: “o de contribuir para o arquivo visual e para a história da cidade sob a perspetiva única de cada artista”.
Ensaiar o futuro
“Ensaiar o futuro. Pensar o presente para podermos, em conjunto, imaginar e construir o futuro”. É este – e conforme o MINHO havia anunciado – o tema dos 33.ºs Encontros da Imagem (EI)-Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais de Braga que decorre, este ano, de 16 de setembro a 28 de outubro.
O lema desdobra-se em três vertentes: Sustentabilidade Ambiental e Justiça Climática, Outros modos de vida-Organizaação Social e Inclusão e representatividade.
“Há uma necessidade urgente de ouvir e parar. Se as democracias mostram sinais de fragilidade e os extremismos ganham espaço no frenesim do mundo virtual e da vida real, devemos parar para pensar em novas formas de organização, de modos de vida e de criação”, diz a curadora.