O Festival dos Encontros da Imagem (EI) de Braga decorre, este ano, de 16 de setembro a 28 de outubro sob o lema “Ensaiar o futuro”, revelou hoje a O MINHO o seu organizador, Carlos Fontes.
Como antecâmara do Festival, a associação dos EI arrancou com duas inicitivas: uma Open Call que privilegia o meio dos livros de autor e que está agora aberta para submissão de trabalhos.
E uma residência artística na cidade, no caso, entre 15 de março a 12 de abril, e que recebe Carlos Barradas, fotógrafo com Doutoramento em Antropologia e Mestrado em Fotografia Contemporânea pelo Instituto Europeu de Design de Madrid.
Livros de autor
A organização salienta que “a Open Call, que privilegia o meio dos livros de autor está agora aberta para submissão de trabalhos: “dada a importância que este meio ganhou nos últimos anos para a promoção da fotografia, reconhecemos a importância dos livros de autor enquanto expressão artística e de storytelling na indústria”, sublinha.
E acrescenta: “Até 5 de maio, cada candidato pode submeter um máximo de três livros autorais para a consideração do júri, a anunciar em breve. Serão selecionados 30 finalistas para uma exposição coletiva aquando do Festival . O vencedor será galardoado com o prémio monetário de mil euros.
Arquivo visual da cidade
Os Encontros adiantam que, e mantendo a tradição anual, este ano voltam a acolher fotógrafos para residências artísticas em Braga. Este programa, que foi criado nos primórdios do festival, tem como objetivo acolher dois artistas durante duas semanas na cidade de Braga. O desafio lançado mantém-se: o de contribuir para o arquivo visual e para a história da cidade sob a perspetiva única de cada artista.
O primeiro residente é Carlos Barradas, sobre o qual refere: “Na busca de colocar ambiguidade no seu trabalho – tal como o próprio diz – Carlos posiciona as fotografias num estado liminar, um conceito antropológico que se refere a uma fase ou condição intermediária de um determinado rito de passagem. A sua intenção é que as fotografias se tornem um recetáculo no qual as pessoas depositem as suas narrativas. Nesse sentido, elas transformam-se num espaço habitável, onde entram em jogo estados emocionais, memórias e valores sociais e culturais, definindo a interpretação que cada indivíduo faz da imagem”.
A segunda residência será anunciada em breve.