O estudo encomendado à Universidade de Vigo, pelo Agrupamento de Cooperação Territorial Europeu (ACTE), do rio Minho, contabilizou uma quebra no PIB da região, provocada pelo encerramento de fronteiras no valor de 4.840.568 euros. Hotelaria, comércio e restauração são os setores económicos mais afetados.
Nos municípios galegos, enquadrados no Vale do Rio Minho, o “efeito fronteira” provocou uma quebra de 1.971.334 euros no PIB da região. A quebra do PIB, resultante do encerramento de fronteiras entre municípios do rio Minho, é mais acentuada nos municípios minhotos, atingindo quebras no PIB do Alto-Minho, com o valor de 2.882.034 euros.
Os setores económicos que narraram maiores perdas, com o encerramento de fronteiras no Alto-Minho, são o comércio e a hotelaria/restauração. O comércio da região do Vale do Minho sofreu quebras no PIB, na ordem dos 3.329.133 euros e o setor hoteleiro, juntamente com a restauração, apresentou uma contração de 1.393.573 euros.
Os setores económicos dos transportes e dos negócios imobiliários também foram afetados pelo encerramento de fronteiras, no entanto, as contrações do PIB não são significativas, quando comparadas com o turismo ou com o comércio. Em conjunto, as quebras dos dois setores, não perfazem um total de 200.000 euros.
“O principal dano direto ocorreu na prestação de serviços dependente da mobilidade do consumidor final, e com peso relevante na área do Minho. É o caso do comércio e da hotelaria/restauração. Para o total do território estudado, a queda do PIB fruto do “efeito fronteira”, no comércio da região, foi de 14,18% da quebra do PIB provocada pelo confinamento. Na hotelaria e restauração o “efeito fronteira” representa 16,53% da quebra provocada pelo confinamento”, conclui o relatório, elaborado pela Universidade de Vigo.