O presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) disse hoje ser “inconcebível” a exclusão da A28, que liga aquela cidade ao Porto, da lista de ex-scut que vão beneficiar de descontos de 15% no valor das portagens.
“É inconcebível que a autoestrada A28 tenha ficado fora destes descontos. Apesar do Alto Minho ter evoluído muito ainda estamos muito longe dos patamares de desenvolvimento desejáveis. O Produto Interno Bruto (PIB) da região continua muito abaixo da média nacional”, sustentou hoje à Lusa Luís Ceia que representa cerca de 1.300 empresários de Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença e Paredes de Coura.
O Governo anunciou na terça-feira a aplicação de 15% de desconto a todos os veículos que circulem, a partir de 01 de agosto, em algumas autoestradas que constituíam as antigas SCUT (Sem Custos para o Utilizador), vias maioritariamente localizadas no interior do país e no Algarve.
O executivo aponta critérios de convergência económica e coesão territorial para justificar os descontos nas portagens nas autoestradas A23 Torres Novas – Guarda, A22 (Lagos – Vila Real de Santo António) e A24, entre Viseu e a fronteira de Vila Verde de Raia, no município de Chaves.
Os descontos estendem-se à autoestrada A4, denominada Transmontana, entre Amarante e Quintanilha (Bragança), mas deixa de fora o troço daquela via entre Matosinhos (Porto) e Amarante. Ainda na A4, no Túnel do Marão, recentemente inaugurado, o preço praticado já abrange os 15% de desconto, esclarece o Governo.
Abrangida é também a A25, entre Albergaria-a-Velha e Vilar Formoso, mas não no troço inicial, que liga Aveiro a Albergaria-a-Velha.
“Lamentamos profundamente que não ter sido atendidos numa luta que não é de agora. Precisamos que nos ajudem e que não nos coloquem obstáculos à nossa atividade”, sustentou o responsável que é também presidente líder da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL).
Além dos descontos no valor das portagens, a AEVC reiterou a necessidade da eliminação do pórtico de Neiva da A28 que encontra-se precisamente à entrada de uma zona industrial do concelho.
“Este pórtico constitui uma incongruência altamente discriminatória e penalizadora para aqueles que numa relação de proximidade querem trabalhar, produzir e viajar. Tal pórtico constitui um entrave aos movimentos pendulares, intra e inter concelhios sem que nada justifique a sua implantação no local”, sustentou Luís Ceia.
O responsável sublinhou que o recente anúncio feito, na semana passada pela ministra do Mar em Viana do Castelo aquando da visita do primeiro-ministro António Costa à região da criação, até 2018, de novos acessos rodoviários ao porto de mar da cidade “vem reforçar a pretensão de eliminação daquele pórtico”.
“Se já agora não se justifica a sua localização com a criação desses novos acessos o pórtico constituirá um forte constrangimento à atividade empresarial”, defendeu.
Para o líder da AEVC e da CEVAL a eliminação daquele pórtico seria uma “medida reduzida mas eficaz, um incentivo à circulação de pessoas e bens provocada pela maior facilidade de acesso e diminuição dos custos associados”.
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