A Associação Comercial e Industrial de Guimarães (ACIG) considerou esta segunda-feira “absolutamente conveniente” a colocação de videovigilância no centro histórico de Guimarães, na sequência da morte de um homem naquela zona durante a madrugada de sábado.
“Guimarães e os vimaranenses não se reconhecem neste ato bárbaro e inqualificável”.#MaisNotíciasdeGuimarães
Posted by O Minho on Segunda-feira, 2 de Novembro de 2015
Presidente da câmara de #Guimarães quer amplo debate. Objetivo é definir soluções consensualizadas na comunidade vimaranense.
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O presidente daquela associação, Manuel Martins, salvaguardando o direito à privacidade dos cidadãos, destacou o “efeito preventivo” da videovigilância, solução que a Câmara Municipal de Guimarães já tentou implementar no local, mas que foi recusada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados.
“É absolutamente conveniente que se instalem câmaras naquelas artérias. Isto para segurança quer de moradores, quer de comerciantes, quer de quem ali vai para se divertir. Até porque há um efeito de prevenção nesta medida, dissuasor”, explicou o presidente da ACIG, apesar de considerar que o que se passa no centro de Guimarães é, “ainda assim, muito menos grave do que noutras áreas” do país.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Amadeu Portilha, explicou que a autarquia “já tentou avançar para a instalação de equipamentos de videovigilância no centro histórico mas a medida foi travada pela Comissão Nacional de Proteção de Dados”.
No entanto, o responsável garantiu que “o centro histórico é vigiado, desde há muito, num esforço sério para manter o local sob vigilância e, apesar de alguns incidentes que realmente existem, a situação não é das mais graves”.
O Comando Distrital de Operações de Socorros de Braga informou que na madrugada de sábado removeu do centro de Guimarães o cadáver de um homem. Uma fonte no local disse que o homem tinha 39 anos de idade e que teria sido morto com “uma barra de ferro”.
Fonte da Polícia Judiciária confirmou que aquela autoridade “está a investigar” a morte do homem, encontrado sem vida no Largo João Franco, onde se situa o Tribunal da Relação de Guimarães, “alegadamente” na sequência de uma “altercação” com um grupo de jovens que estaria a fazer barulho e com quem a vítima terá ido protestar.
Segundo uma fonte da PSP, “há muitas chamadas àquela zona por causa da barulheira, copos e garrafas partidos, um ou outro embriagado” mas, salientou, “nunca houve nada de muito grave, apenas mais insulto menos insulto mais murro menos murro”.
Uma outra fonte policial explicou que “o mel e o fel” andam lado a lado naquela área: “É uma zona única, que fica bonita com toda a agitação e movimento mas depois há a questão de juntar álcool e muita gente, que pode sempre dar problemas”.