A empresa IBD Global Portugal, do Grupo Bernardo da Costa, de Braga, foi distinguida pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego por “boas práticas na promoção da Igualdade Remuneratória entre Mulheres e Homens por trabalho igual ou de igual valor”, recebendo o “Selo da Igualdade Salarial” 2024.
Ricardo Costa, CEO do Grupo Bernardo da Costa, manifestou-se agradado por ver as práticas da empresa serem reconhecidas neste contexto, e considerou ser necessário “acabar com esta desigualdade”, que considera ser uma “enorme injustiça”.
A citar o Observatório de Género, Trabalho e Poder, do ISEG, Ricardo Costa refere que “a lei diz proibir esta realidade, mas existe e não parece estar a mudar: as desigualdades salariais entre homens e mulheres em Portugal é, de acordo com os últimos dados disponíveis, de cerca de 12,5% a favor dos homens”.
O empresário admite que o número pode “chegar até aos 18,4%, quando entram em jogo fatores como idade, nível de escolaridade e antiguidade da relação laboral”.
Ricardo Costa diz que, desde o passado dia 14 de novembro, em que se assinala o Dia da Igualdade Salarial, é como se as mulheres estivessem a trabalhar sem receber até ao final do ano, quando em comparação com o salário dos homens.
Deu ainda conta que Portugal ocupa a 15.ª posição no ranking de países da Europa com maior disparidade salarial, mas mantém-se abaixo quer da média da União Europeia quer da média da zona euro.