Ricardo Costa, empresário e CEO do grupo Bernardo da Costa, conhecido por pagar férias em destinos tropicais aos funcionários, foi distinguido na quinta-feira, em Braga, como Cônsul Honorário do Kosovo no Minho. A nomeação foi atribuída pela Ministra dos Negócios Estrangeiros e da Diáspora – Donika Gervalla-Schwarz, representada pela vice-ministra Liza Gashi e pelo Embaixador Ylber Kryeziu.
- Anúncio -
Em comunicado, o também presidente da Associação Empresarial do Minho manifestou “orgulho e sentido de responsabilidade” ao assumir “esta função de confiança por parte do Governo do Kosovo”.
“Fiquei muito honrado por este reconhecimento público. O Kosovo é o país mais jovem da Europa e o terceiro mais jovem do Mundo, comemorando este ano o 15.o aniversário”, lembra, embora o país ainda não seja reconhecido por mais de metade dos países integrantes nas Nações Unidas.
Atualmente, o Kosovo é reconhecido por 96 (49,74%) dos 193 estados-membros das Nações Unidas; 23 (82%) dos estados membros da União Europeia; 24 (86%) dos 28 estados membros da NATO e 34 (60%) dos estados membros da Organização para a Cooperação Islâmica.
Para Ricardo Costa, “Portugal esteve desde o início do lado certo da História, reconhecendo em 2008 a sua independência e manifestou já o seu apoio ao pedido de adesão à União Europeia”.
Aproveitando o momento para destacar o seu objetivo de dinamizar as relações económicas e culturais entre a região do Minho e o Kosovo, o presidente da AEMinho acrescentou ainda: “Como já referiu por diversas vezes o Embaixador do Kosovo em Portugal, Braga é uma cidade que representa muita importância para o Kosovo. Por isso, um dos meus principais objetivos será dinamizar e estabelecer pontes que promovam as relações económicas e culturais entre a nossa região e o Kosovo.
“Tendo em conta a população tão jovem do Kosovo (grande parte da população tem menos de 30 anos), a educação será também uma parte fundamental nesta cooperação”, concluiu.
Localizado na região dos Balcãs, na antiga Jugoslávia, o Kosovo foi parte integrante da Sérvia até 2008, altura em que se declarou independente, tendo sido reconhecido por vários países europeus, entre os quais Portugal, como um país de facto.
Contudo, o Kosovo ainda é reivindicado pela Sérvia e não teve apoio de alguns países importantes, como é o caso da Espanha, sempre contra eventuais separatismos por recear que aconteça o mesmo.