Empresário aguarda na cadeia de Braga no caso dos 260 quilos de cocaína

Suspeito poderá passar a prisão domiciliária com pulseira eletrónica
O detido (à esquerda na foto) a entrar esta tarde na Cadeia de Braga. Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

O suspeito detido pela PJ de Braga com 260 quilos de cocaína ficou em prisão preventiva, este sábado, mas poderá passar para o regime de prisão domiciliária com pulseira eletrónica, que é a obrigação de permanência na habitação em controlo à distância.

A Polícia Judiciária de Braga apreendeu aquela quantidade de cocaína pura, suficiente para quase um milhão e meio de doses, o que perfaz a quantia de cerca de 15 milhões de euros, a preços do mercado de rua, valor não exagerado, muito pelo contrário.

O detido é um empresário, com 70 anos de idade, surpreendido pela PJ em Oliveira de Azeméis, na zona norte do distrito de Aveiro, que apesar de não ter cadastro criminal, vinha acumulando referências policiais, dadas as suspeitas de tráfico de droga. 

A operação da Polícia Judiciária de Braga denominou-se “Vira Milho”, porque a cocaína chegara a Portugal escondida, dentro de um contentor, carregado de milho para moagem, seguindo diretamente para um armazém, situado em Oliveira de Azeméis. 

Aquando das buscas, foi detido o suspeito, um septuagenário, detentor de uma empresa de importação e exportação, a quem a PJ atribui a responsabilidade direta da receção dos 260 quilos de cocaína pura, uma quantidade pouco comum nestas operações.

O detido é suspeito de integrar uma organização criminosa transnacional, que se dedicará a introduzir grandes quantidades de cocaína na Europa a partir do Brasil através de Portugal, como porta de entrada para outros países, em especial rumo a Espanha.

Este carregamento de cocaína dissimulada veio do Brasil por via marítima, estando o suspeito a ser monitorizado pela PJ, após inquérito aberto pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), do Ministério Público, em Vila Nova de Famalicão.

A operação “Vira Milho” teve a colaboração da Autoridade Tributária, estando o empresário de Oliveira de Azeméis indiciado pelos crimes de tráfico de estupefacientes agravado e branqueamento de capitais, segundo o comunicado da Polícia Judiciária.

A PJ conseguiu apreender toda a cocaína que havia chegado dias antes, por via marítima, no interior de um contentor de milho para moagem, em operação liderada por Rogério Magalhães, inspetor-chefe em coordenação e diretor interino da PJ de Braga.

Entretanto, caso o preso preventivo reúna as condições necessárias, poderá passar a prisão domiciliária com pulseira eletrónica, depois de um relatório da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que será entregue ao juiz de instrução criminal.

Uma das condições será a ligação da pulseira eletrónica ao quadro elétrico da sua residência, bem como a concordância de todas as pessoas que com ele habitarem, o que será averiguado durante os próximos dias, no concelho de Oliveira de Azeméis.

 
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