Uma empresária de Esposende terá enganado, com dados falsos, a Segurança Social de Braga, ficando indevidamente com 85 mil euros em subsídios. Foi agora condenada a quatro anos de prisão, com pena suspensa, no Tribunal de Braga por um crime de burla tributária na forma agravada.
Maria Ilídia da Silva, de 48 anos, residente em Barcelos, terá obtido, entre 2003 e 2004, de forma fraudulenta, 85.525 euros de subsídios de desemprego e de doença, (49.700 de desemprego e 35,8 mil de doença) na empresa em que era gerente, a Daura- Exportação e Indústria de Confeções, Lda, de Viana do Castelo.
Os subsídios beneficiaram não só a empresária, como outros quatro funcionários. Parte deles terão sido conseguidos já com a empresa em insolvência a correr no Tribunal, o que não impediu que continuassem a ser declarados os pagamentos de ordenados, de pessoas que já não trabalhavam na firma.
Durante o julgamento, a arguida declarou que não era gerente de facto, sendo-o apenas de nome, tarefa que estaria a cargo do marido. Apenas “assinava os papéis”, frisou. A tese não foi aceite pelo Tribunal que agora a condenou. A empresária pode, ainda, recorrer para o Tribunal da Relação de Guimarães.