Empresária de Barcelos suspeita de corromper secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros

Manuela Couto já é arguida nos processos da Operação Éter e Teia

Manuela Couto, empresária natural de Barcelos e mulher do ex-presidente da Câmara de Santo Tirso, é suspeita de corromper o secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros (PCM), avançam a CNN Portugal e o jornal Observador.

A mulher do histórico socialista e ex-autarca de Santo Tirso, Joaquim Couto, é arguida noutros dois processos, a Operação Éter, que envolve contratos entre autarquias e o Turismo do Porto e Norte de Portugal, e a Operação Teia, na qual o então presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, foi detido e ficou em prisão domiciliária.

Aliás, segundo o Observador, as buscas realizadas à Presidência do Conselho de Ministros por suspeitas de corrupção nasceram de uma certidão da Operação Teia (recorde-se que este caso também levou Joaquim Couto a renunciar à presidência da Câmara de Santo Tirso).

Agora, segundo o Observador e a CNN, Manuela Couto é suspeita de corrupção ativa e foi alvo de buscas levadas a cabo desde a manhã desta quinta-feira, tal como o secretário-geral da PCM, David Xavier.

O secretário-geral é suspeito de obter benefícios pessoais, através de subornos, na aquisição para o Estado de sistemas informáticos.

O Ministério Público confirmou que são os crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio e falsificação de documento que levaram à realização de buscas pela Polícia Judiciária (PJ) na Presidência do Conselho de Ministros (PCM).

De acordo com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), estão em causa “factos relacionados com a adjudicação, através de ajuste direto, de contrato de prestação de serviços celebrado entre organismos da administração pública e sociedade comercial”.

O MP adianta que as buscas estão a decorrer nas regiões de Lisboa, Coimbra, Porto e Braga e que incidem sobre “sociedades comerciais, empresas de contabilidade, residências particulares e organismos de administração pública”.

A investigação é conduzida pelo DCIAP, a estrutura do MP que investiga a criminalidade económico-financeira organizada mais grave e complexa, contando com o apoio da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ).

 
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