Empresária com mais dois julgamentos por burla na venda de casas em Braga

Já cumpre seis anos de prisão por abuso de confiança

Já cumpre pena de prisão efetiva de seis anos e cinco meses por abuso de confiança, o cúmulo jurídico de duas condenações. Mas está a ser julgada pelos mesmos crimes e, começou hoje um segundo julgamento no Tribunal Judicial de Braga. Daniela Costa, de 59 anos, geria uma empresa do ramo, a BragaAtitude, Lda., sob a sigla “Comprar Casa”, com sede no Centro Comercial de Maximinos.

Os clientes procuravam-na para comprar apartamento ou casa, assinavam um contrato-promessa, entravam com um ‘sinal’ e, no fim, o negócio não se fazia e o dinheiro ficava na sua conta bancária pessoal. Desde 2005, quando abriu o negócio, terá enganado mais de 20 pessoas, sendo que devolveu o dinheiro em alguns casos e, noutros, os lesados entenderam não se queixar judicialmente.

Cinco crimes de abuso de confiança

No julgamento que agora se inicia, está acusada de cinco crimes de abuso de confiança e um de burla. A acusação diz que, em julho de 2018, uma mulher foi à loja para adquirir um T2, com garagem, sito na Rua Professor Machado Vilela, e que estava à venda por 75 mil euros. Assinada a promessa, onde se dizia que a escritura seria assinada em 30 dias, a cliente pagou cinco mil euros de sinal. Mas nunca mais os viu.

Em maio de 2019, uma cliente brasileira queria comprar um apartamento junto à costa, a imobiliária propôs-lhe um T3 de 180 mil euros, em Fão, Esposende e ela deu um sinal de 18 mil. Ficou sem ele.

Depois, um outro bracarense deu cinco mil euros de entrada para um apartamento de 50 mil na Praça do Bocage e a Daniela terá ficado com eles. O quarto abuso deu-se quando um homem sinalizou, com cinco mil euros, a aquisição de um T3 na Praceta Padre Sena de Freitas, apartamento que quis revender a outro cliente que também lhe entregou a mesma quantia. Está, ainda, acusada de ter ficado com 1.350 euros que tinha de lhe devolver

A gestora terá, ainda, praticado um crime de burla, na pessoa de um dono de um apartamento a quem teria de devolver 1.150 euros, tendo forjado um documento de transferência bancária nesse valor.

 
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