Empresa de Viana especialista em madeira ajuda a construir megarresidência em Guimarães

A empresa Portilame, de Viana do Castelo, é uma das especialistas em madeira contratadas para desenvolver o projeto da nova residência estudantil do AvePark, em Guimarães, que almeja ser um espaço sustentável e totalmente integrado na paisagem.

O anúncio foi feito por outra empresa especialista no setor, a Carmo Wood, que acompanha a firma minhota na construção do edifício que ficou a cargo do consórcio Lúcio de Silva Azevedo e Filhos e o INCONS, firmas que também têm intervenção.

Em comunicado revelado esta quinta-feira, Luís Rocha, CEO e administrador da Portilame, destacou a “utilização de materiais naturais renováveis, como a madeira”, afirmando que “a mudança do paradigma na construção sustenta esta parceria estratégica, assegurando um suporte técnico especializado e consolidado”, lembrando ainda a Carmo Wood, salientando “o selo de idoneidade que caracteriza estas duas empresas”.

Na mesma nota de imprensa, A Carmo Wood justifica a entrada da empresa do Minho e a sua própria neste projeto com a necessidade deste alojamento em ser “uma referência na cidade e no país, especialmente nas áreas da eficiência energética, sustentabilidade e inovação”.

“Para atingir esse objectivo, será adoptado um sistema construtivo modular e pré-fabricado, utilizando a madeira em diversas formas, o que justifica a participação conjunta da Portilame e da Carmo Wood, empresas com expertise na construção em madeira”, diz a nota.

Além da auto-suficiência energética, o edifício será ‘net-zero’, com custos de manutenção mais baixos que o habitual e com adaptabilidade ao longo dos anos. A emissão de CO2 será reduzida ao máximo.

A empresa de Viana do Castelo será responsável pela construção de várias instalações, como quartos individuais e duplos, estúdios, entre outros. Também os espaços comuns e locais administrativos e técnicos vão obedecer ao princípio da sustentabilidade e à incorporação da madeira.

A terminar, João Figueiredo, COO e administrador da Carmo Wood, empresa sediada em Oliveira de Frades, refere que “com a crescente procura por soluções construtivas em madeira, especialmente no que respeita a edifícios em altura, a crise na habitação e a busca por soluções mais sustentáveis na construção, a Carmo Wood e a Portilame estão agora bem posicionadas para responder às necessidades específicas do mercado”.

“A abordagem adaptativa às tendências de mercado, a resposta directa a necessidades específicas e o compromisso com a sustentabilidade e eficiência são os pilares dessa colaboração estratégica”, disse o empresário da Carmo Wood.

Projeto custará cerca de 13,8 milhões de euros e garante alojamento para mais de uma centena de estudantes

Segundo a Câmara de Guimarães, promotora da obra, este edifício custará 13,8 milhões de euros (mais IVA) e está inserido no PRR através do Programa Nacional de Alojamento para o Ensino Superior.

Estará munido de 20 quartos individuais, 35 quartos duplos, 24 estúdios, 4 tipologia T0, 22 tipologia T1 e 5 tipologia T2. Terá áreas administrativas e técnicas, bem como lavandarias e outros espaços de utilidade pública numa residencial. Será também construído um ginásio e outros espaços de lazer.

Para a autarquia, “a grande aposta deste projeto reside na sua autossuficiência energética, baixa emissão de CO2, custos de manutenção reduzidos e adaptabilidade ao longo do tempo”.

A Câmara destaca ainda “a sua geometria, em forma de ‘U’, com uma cave, um piso térreo e dois pisos superiores”, que “foi projetada para se ajustar à envolvente e às características do terreno, incluindo pendentes acentuadas”.

Quartos individuais e duplos

A sul do edifício, revela a autarquia, nos dois primeiros pisos, estarão os quartos individuais e duplos, juntamente com as áreas de refeições. Nesse aspecto, a autarquia destaca “a excelente iluminação natural e ligação direta à envolvente arborizada”.

Já a norte, nos mesmos pisos, “estão localizados os estúdios e apartamentos, proporcionando uma atmosfera mais reservada, conectada com a segunda entrada do edifício”.

Para a autarquia, “um elemento fundamental do projeto é a cobertura de grande dimensão, projetada para acomodar a quantidade necessária de painéis fotovoltaicos e solares, garantindo a autossuficiência energética do edifício”.

“Esta nova construção representa um compromisso notável com a sustentabilidade e a inovação, marcando o início de uma nova era para o território”, conclui a Câmara de Guimarães.

 
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