Empresa de Viana do Castelo investe 7 milhões em novas instalações com armazém robotizado

CLS Brands
Empresa de viana do castelo investe 7 milhões em novas instalações com armazém robotizado
Foto: CLS Brands

A CLS Brands, empresa de Viana do Castelo, vai mudar-se para novas instalações que terá um armazém robotizado. O investimento de sete milhões de euros deverá criar entre 10 a 15 novos postos de trabalho. Com 30 anos de atividade, esta “transição estratégica marca o início de uma nova fase tecnológica e logística da empresa”.

Especializada na produção e comercialização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e vestuário de trabalho, a CLS Brands tem quatro marcas próprias: For Walk (calçado), For Wear (vestuário), Glova (luvas) e Field (proteções técnicas).

Sediada na freguesia de Darque, a empresa irá agora transferir-se para a freguesia de Mazarefes. A inauguração das novas instalações está prevista para “entre o terceiro e o quarto trimestre de 2025, embora ainda sem uma data fixa definida”, disse a O MINHO Diogo Amorim, responsável pela área de programação e implementação tecnológica da empresa.

O valor global do investimento ronda os sete milhões de euros, “incluindo infraestruturas, automatização e desenvolvimento tecnológico”.

“Estimamos a criação de 10 a 15 novos postos de trabalho, distribuídos por várias áreas estratégicas da empresa, nomeadamente: comercial e vendas, compras, operadores logísticos, tecnologias de informação (IT), marketing e design. Esta expansão acompanha o crescimento da nossa operação e o reforço da aposta na automação, eficiência e desenvolvimento de novas ferramentas internas”, acrescenta Diogo Amorim.

Novo armazém “não é apenas maior — é mais inteligente”

O engenheiro informático e responsável pelo desenvolvimento e implementação e novas tecnologias explica que o novo armazém “não é apenas maior — é mais inteligente. Foi pensado de raiz para automatizar fluxos, reduzir desperdícios operacionais e garantir rastreabilidade total em tempo real”.

Empresa de viana do castelo investe 7 milhões em novas instalações com armazém robotizado
Foto: CLS Brands

“A base do sistema assenta em nove equipamentos automáticos Kardex, configurados com ‘layouts’ de prateleiras altamente otimizados para garantir autonomia de ‘stock’ durante um mês completo de vendas, com o mínimo de ‘layouts’ distintos e máxima densidade de armazenamento. Esta mudança não é apenas física — é estrutural, lógica e programática”, salienta Diogo Amorim.

    Para o responsável, o maior desafio nestas mudanças de instalações é “a escala”: “Passámos de um espaço com processos semi-manualizados para uma estrutura muito maior com 9 sistemas automáticos Kardex, com mais ‘racks’ logísticos personalizados e fluxos programados ao milímetro, assim como mais espaço. Não se trata apenas de armazenar mais. Trata-se de controlar melhor, responder mais depressa e errar menos. E isso é possível com inovação e sentidos de responsabilidade sólidos de dados bem tratados”.

    E desenvolve: “Cada um dos 9 Kardex (Armazéns Robotizados) foi configurado com ‘layouts’ de prateleiras otimizados com base em algoritmos de rotação e densidade de ‘picking’, pensados para armazenar ‘stock’ de um mês completo com o mínimo de ‘layouts’ distintos possível. A nossa lógica de armazém combina inteligência espacial com previsibilidade comercial. Integramos os fluxos com o nosso ERP, com sincronização direta de quantidades mínimas, reposições, e prioridades de separação. Tudo com ‘logs’ rastreáveis e previsão de rotas de ‘picking'”.

    “O culminar de 30 anos de visão e o início de uma nova era logística”

    Diogo Amorim salienta o apoio “absolutamente determinante” de Luís Rego, engenheiro e responsável pela área logística, para fazer a ponte entre lógica digital e realidade operacional: “Trabalhámos lado a lado na validação de cada ‘layout’, assegurando que o que é possível nas simulações é funcional no terreno”.

    Empresa de viana do castelo investe 7 milhões em novas instalações com armazém robotizado
    Foto: CLS Brands

    O informático destaca ainda o papel de Carlos Coelho, CEO da empresa: “É o pioneiro e quem montou o sonho para toda a equipa, ele acompanhou este processo desde o primeiro dia. Com mais de 30 anos de experiência no sector, trouxe á equipa de programação e de operações de desenvolvimento uma visão extremamente clara de onde estamos e para onde vamos. O foco dele esteve sempre em garantir que esta mudança não fosse apenas física, mas estrutural — com impacto duradouro na eficiência, nos custos e na satisfação do cliente”.

    Para Diogo Amorim, a nova sede “é o culminar de 30 anos de visão e o início de uma nova era logística para a CLS Brands, é um passo de maturidade e visão”.

    “A CLS não está apenas a crescer em volume — está a crescer em sofisticação. O nosso armazém já está preparado para escalar com a entrada em novos mercados e automatizar tarefas hoje ainda manuais. Com a estrutura que montámos — fisicamente e logicamente — temos base para triplicar a operação sem triplicar o caos”, conclui.

     
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