Empresa de Braga restaura telas de igreja que sobreviveu ao terramoto de 1755 em Lisboa

Signinum
Foto: Signinum

A empresa Signinum – Gestão do Património Cultural, sediada em Braga, foi a responsável pelo restauro de 12 telas do século XVII da Igreja de São Cristóvão, em Lisboa, das poucas igrejas que sobreviveram ao terramoto de 1755.

A inauguração decorreu esta quinta-feira e contou com a presença do pároco Edgar Clara e dos mecenas do projeto “Arte por São Cristóvão” e seus representantes: Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, Miguel Coelho, da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, e António Monteiro, presidente da Fundação Millennium bcp. 

“Tem sido um projeto aliciante, porque as telas têm muita qualidade e São Cristóvão é das raras igrejas em Lisboa que sobreviveram ao terramoto. Só isso já é um fator diferenciador”, refere Luís Aguiar, administrador do Grupo DASigninum, sublinhando o impacto destas obras entre os visitantes.

“Quando fizemos o restauro ao vivo da primeira tela foi absolutamente impactante a reação dos turistas que nos visitaram. Ficaram fascinados pela iniciativa. Perceberam a importância de salvaguardar este património que, ao fim ao cabo, não é português, é do mundo, porque quem visita a igreja fica sensibilizado e deixa-se impressionar pela beleza das telas, comparticipando ativamente o restauro das mesmas”, conta o responsável, citado em comunicado enviado a O MINHO.

Para a Signinum, sublinha Luís Aguiar, é sempre uma grande responsabilidade intervencionar património “desta qualidade e importância”,

Mas é também um “reconhecimento da qualidade” seus técnicos, conservadores-restauradores e da própria empresa que sempre procurou ser uma solução junto dos clientes, com grande rigor e qualidade nas intervenções que executa”.

“Aqui, estamos perante mais um exemplo desse trabalho”, nota.

Atualmente, faltam restaurar 20 telas de Bento Coelho da Silveira que sobreviveram ao terramoto de Lisboa de 1755. O pároco Edgar Clara estima que seja necessário um investimento de cerca de 200 mil euros. 

Iniciado em 2015, o movimento Arte por São Cristóvão foi suportado pelo Orçamento Participativo e envolveu várias instituições da Mouraria: Renovar a Mouraria, Cozinha Popular da Mouraria, Grupo Desportivo da Mouraria e outras zonas comerciais.  

“Hoje foi um dia importante, porque a Câmara de Lisboa uniu-se novamente ao projeto e irá comparticipar o restauro de mais telas. É muito significativo para a empresa, mas também para os lisboetas e os turistas, que vão poder continuar a deslumbrar-se com a beleza das telas e apaixonarem-se”, conclui Luís Aguiar, na mesma nota de imprensa.

Signinum restaurou o escadório do Bom Jesus

A Signinum – Gestão do Património Cultural, com sede em Aveleda, conta com mais de 20 anos de experiência na “salvaguarda e valorização de património cultural”.

Tem vindo a realizar projetos de “renome” a nível nacional no património cultural religioso, nomeadamente a reabilitação da Igreja e Torre dos Clérigos, no Porto, o Escadório do Bom Jesus do Monte, em Braga, e o restauro das coberturas do Antigo Museu dos Coches, em Lisboa.

 
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