O grupo F3M, com sede em Braga, está a liderar um projeto para desenvolver uma tecnologia para detetar de forma precoce doenças emergentes, como cancro cutâneo e úlceras de pressão, que afetam anualmente milhares de portugueses. A investigação tem o apoio da Associação Fraunhofer, da Alemanha.
A grande inovação desta solução reside no facto de permitir não só a recolha e captura de imagens clínicas, mas também fazer a sua análise automática. As fotografias obtidas e o respetivo relatório de análise serão depois acedidos por médicos especialistas, evitando a necessidade de consultas presenciais e tornando o processo de diagnóstico e definição de tratamento bastante mais rápidos.
A tecnologia pode ainda auxiliar os profissionais de saúde a analisar amostras de sangue e a rastrear e a monitorizar sinais e úlceras cutâneas, podendo ser utilizada em diversas áreas da saúde, nomeadamente em dermatologia, oncologia, cirurgia plástica, hematologia e infeciologia.
Refira-se que, em Portugal, o cancro cutâneo corresponde a um terço da totalidade dos cancros detetados e, segundo dados da Direção Geral de Saúde, estima-se uma prevalência média de úlceras de pressão de 17,5% em serviços de Medicina, sendo cerca de 95% dos casos evitáveis através da identificação precoce do grau de risco.