A DAEL, empresa da Póvoa de Lanhoso, vai oferecer a cada um dos seus 42 funcionários um prémio de 250 euros para gastarem durante o mês de julho em negócios locais.
Os 250 euros podem ser gastos no que o funcionário entender, desde que seja no comércio, restauração ou serviços do concelho de Póvoa de Lanhoso.
“Não podem ir às grandes superfícies. Podem comprar nas lojas todas da Póvoa de Lanhoso, qualquer artigo: podem ir ao cabeleireiro, podem ir jantar com a família, comprar roupa, eletrodomésticos, o que quiserem”, explica a O MINHO Carlos David Barbosa, administrador da empresa de metalurgia especializada em colunas e torres para iluminação pública.
O valor tem que ser gasto na íntegra no mês de julho. As compras são justificadas com a apresentação de fatura. Se porventura alguém não gastar a totalidade do prémio, terá que devolver o que sobrou.
Assim, é assegurado que o valor total dos prémios, mais de dez mil euros, é injetado diretamente no tecido económico de Póvoa de Lanhoso, contribuindo para a revitalização de negócios que foram afetados pela pandemia de covid-19.
Em conversa com O MINHO, Carlos David Barbosa realça que o “primeiro objetivo foi premiar os colaboradores” da DAEL, que não fechou durante este “período crítico”.
“Toda a gente trabalhou, com muito medo. Se tivéssemos alguém infetado, teríamos que fechar a fábrica. Os funcionários realmente foram uns heróis e agora vão ter uma alegria pelo medo que venceram durante dois meses”, aponta o administrador, acrescentando que, “se a empresa fechasse, o prejuízo seria muito maior” do que o valor total destes prémios.
O segundo objetivo é reanimar a economia local. “A Póvoa de Lanhoso é uma vila pequena e os negócios de rua sofreram muito, foram obrigados a fechar. Se durante o mês de julho formos lá gastar esse dinheiro, estamos a animar um bocado a economia local”, sublinha Carlos David Barbosa, que gostava de ver o exemplo ser seguido por outras empresas que, tal como a DAEL, não sofreram com a pandemia.
“Se outras empresas fizerem isto, pelo menos as que não foram afetadas, é ótimo, porque dinamizamos a economia e o país precisa que isto ande para a frente”, sentencia.
A DAEL Indústria Metalúrgica, Lda. foi fundada em 1995, na Póvoa de Lanhoso, e dedica-se à conceção e fabrico de colunas e torres para iluminação pública.