Uma empresa criou um puxador para abrir portas sem uso das mãos, para prevenir a propagação da covid-19. Os primeiros mil puxadores, que a empresa batizou de “porteiro” vão ser instalados em hospitais, na próxima semana.
O “porteiro” surgiu da vontade dos responsáveis de uma empresa de design e produção, de raízes escandinavas mas que está a instalar-se em Portugal, de contribuir para a luta contra o novo coranavírus , explicou à Lusa a representante da empresa em Portugal, Helena Soares.
Criada a ideia, a produção está a ser feita em Portugal e o “porteiro” pode ser instalado em qualquer tipo de maçaneta, evitando contactos com as mãos, disse a responsável.
O dispositivo, simples e em metal lacado, permite a abertura de portas com os braços e na próxima terça-feira o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), recebe gratuitamente para o Serviço Nacional de Saúde um lote de mil kits com o material para instalar o “porteiro”, que diz a responsável se instala em menos de cinco minutos.
Helena Soares disse à Lusa que o SUCH estimou que só para a zona centro serão necessários pelos menos mais 4.500 e acrescentou que não param de chegar mais pedidos de hospitais.
A representante da empresa salientou que o “porteiro” não é apenas destinado a hospitais e centros de saúde, mas pode ser utilizado em qualquer edifício de utilização múltipla de pessoas, desde restaurantes a lares.
A empresa Shaftmodule, com sede em Sintra, distrito de Lisboa, projeta, constrói e instala soluções pré-fabricadas para edifícios, mas quis contribuir para o regresso à normalidade em segurança, tanto mais que estão a recomeçar as visitas a hospitais ou lares, salientou Helena Soares à Lusa.
“Se não tocarmos nas maçanetas não propagamos vírus nem germes. Acreditamos que uma aplicação generalizada do ´porteiro´ poderá ajudar na prevenção de um novo surto de covid-19”, disse a responsável.
A representante explicou também que o produto é feito em Portugal, mas que foi concebido por uma equipa finlandesa, e disse que o “porteiro” já está também a ser instalado em outros países, oferecido a entidades não lucrativas, ainda que os responsáveis da empresa admitam no futuro a comercialização.