O presidente da Câmara de Melgaço avisou hoje que vai apresentar uma reclamação junto da Direção Geral de Energia e Geologia para contestar o requerimento apresentado por uma empresa australiana para prospeção de depósitos minerais.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o socialista Manoel Batista explicou que reclamação do município vai ser sustentada por um parecer técnico já em elaboração.
Em causa, segundo Manoel Batista, está “um aviso publicado, no dia 20 de março, em Diário da República (DR) em que se anuncia que uma empresa australiana requereu a atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais, entre os quais lítio, para a área de Fojo, localizada nos concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço e Monção”.
De acordo com o autarca socialista o prazo estabelecido no aviso para apresentação de reclamações termina no dia 03 de maio.
A reclamação foi hoje anunciada durante uma reunião descentralizada daquela câmara, realizada na Junta de Freguesia de Vila e Roussas.
Na nota, a autarquia adiantou que Manoel Batista “tranquilizou” a população, assegurando que “o tema está a ser objeto de análise técnica por forma a fundamentar uma reclamação junto da Direção Geral de Energia e Geologia”.
O presidente da Câmara assegurou que “todas as diligências a desenvolver sobre este assunto serão sempre em articulação com os municípios de Arcos de Valdevez, Melgaço e Monção”.
Manoel Batista garantiu que não permitirá que “um bem único como a paisagem do território seja colocado em causa”.
A procura mundial pelo lítio, usado na produção de baterias para automóveis e placas utilizadas no fabrico de eletrodomésticos, está a aumentar e Portugal é reconhecido como um dos países com reservas suficientes para uma exploração comercial economicamente viável.