A Câmara de Braga responde diariamente e em média a 25 pedidos ou sugestões que lhe chegam de munícipes, a maioria por via digital. Ou seja, entre quatro a cinco mil respostas por ano.
A oposição PS e CDU, pela voz dos vereadores Artur Feio e Bárbara Barros, respetivamente, também atende e tenta resolver problemas e queixas dos bracarenses, levando os temas à reunião de Câmara. E queixa-se da desvantagem em que se encontram, já que têm um gabinete no edifício do Gnration – longe dos serviços camarários e sem direito a assessor.
O presidente do Município, Ricardo Rio disse a O MINHO que recebe, pessoalmente ou através de contactos feitos para os serviços, dezenas de pedidos de apoio pessoal (emprego, habitação, acesso a um dado serviço ou bem), reclamações sobre a manutenção de espaços (limpeza, iluminação, conservação de espaços verdes, pequenas reparações), tramitação de processos nos serviços municipais, queixas sobre a conduta de vizinhos (ruído, limpeza e obras).
O sistema de atendimento, antes da pandemia, era presencial, mas faz-se, agora, por telefone, via digital ou videoconferência.
“Desde 2013 que os vereadores e eu próprio temos um horário de atendimento semanal que costuma estar preenchido”, adiantou, acrescentando que, em complemento, os contactos digitais são cada vez mais importantes, e todos merecem encaminhamento”.
O autarca salienta que, se já antes da pandemia recebia diariamente dezenas de mensagens que se podem enquadrar como “atendimento aos Munícipes”, a via do e-mail ou de mensagem nas redes sociais que usa ( ganhou mais importância).
Ao que O MINHO constatou, no Facebook Rio tem 52 mil seguidores, sendo o segundo autarca mais procurado, logo a seguir a Rui Moreira, do Porto. Usa, ainda, o Instagram e o Linkedin.
Sugestões diversas
Ricardo Rio salienta que recebe sugestões sobre pequenas intervenções ou projetos que o Município pode desenvolver, associados a questões, na envolvente da residência ou freguesia do munícipe. Noutras, partilham-se exemplos que podem ser replicados localmente, ou apresentam-se projetos próprios, em áreas empresariais, culturais, desportivas ou sociais”.
“Tudo tem resposta e num curto espaço de tempo. Normalmente, só se uma mensagem for para spam é que não é respondida no mesmo dia”, sublinha, lembrando que, “quanta mais informação contiver, mais fácil é o seu envio para o GIP – Gabinete de Inserção Profissional; a Bragahabit; o Gabinete de Ação Social; o Balcão Único; a Divisão de Fiscalização; a Direção de Urbanismo; a Agere; a Direção de Obras Municipais, ou, ainda, para as freguesias e entidades externas”.
E aina: “Além de uma primeira resposta que é dada por mim, os temas são acompanhados pelo Gabinete da Presidência”, assinala, vincando que “os contactos são uma excelente fonte de informação sobre diferentes áreas no concelho e, até, de avaliação do desempenho da Câmara.
E, a concluir, acentua: “É curioso registar a incredulidade das pessoas pelo facto de ser eu próprio a responder ou a encaminhar as mensagens. Mas, no geral, há sobretudo satisfação pelo facto de constatarem que as suas interpelações são lidas, atendidas e, muitas das vezes, resolvidas”.
PS e CDU vão aos locais
O vereador do PS, Artur Feio disse a O MINHO que o e-mail do partido e as mensagens nas redes sociais ou telefónicas são o meio de atendimento dos bracarenses. Os três vereadores respondem, de imediato, e vão ao terreno para conhecer os casos apontados pelos munícipes, em problemas de rua, de escolas, sindicatos e empresas. “Depois levamos o assunto à reunião de Câmara”. De facto, quase não há reunião em que os socialistas não levem algum assunto à discussão, extra-agenda, como sucedeu na última.
Já a vereadora da CDU, Bárbara Barros socorre-se dos contactos que chegam à sede do partido ou os pessoais. A Câmara deu um Gabinete a cada partido da oposição no Gneration mas o horário de atendimento afasta os cidadãos. “Ouvimos sempre as pessoas e vamos aos sítios confirmar o que reclamam. Depois expomos os problemas na reunião de Câmara, como sucedeu, há dias, com o mau cheiro que afeta os moradores das Enguardas, vindo do Tanatório”, disse.
Ambos os partidos desejariam ter um gabinete num dos dois grandes edifícios camarários, com direito a assessor para melhor tratarem as queixas que lhes chegam…”Uma desvantagem, clara”, acusam!