Declarações no final do encontro Famalicão–Vizela (1-1), da 10.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
Álvaro Pacheco (treinador do Vizela): “Dói [o empate], da forma como é. Foi no último lance. Estivemos 90+8 minutos muito concentrados.
Houve alturas em que estivemos por cima, outras por baixo, mas tivemos sempre o controlo do jogo. Na I Liga, temos de perceber que temos de estar focados o tempo todo. Esta distração tirou-nos dois pontos. Mas, tenho de estar contente com a prestação da minha equipa. Chegou a um campo difícil e esteve perto de vencer.
Há que reconhecer o mérito do adversário, que nunca desistiu, e foi premiado pela audácia na parte final. O resultado ajusta-se, mas, da maneira que foi, dói muito.
Houve mérito do Famalicão, que nos condicionou, mas estivemos um bocado intranquilos. Com bola, não tivemos paciência no jogo posicional. Quando fiz as mexidas, começámos a pegar no jogo com fluidez. Era preciso criar superioridade numérica no corredor central. Fizemos o mais difícil, o golo. Faltou-nos segurar o resultado.
Isto afeta-nos [sofrer golos aos 90+8 minutos em jogos consecutivos]. Não queríamos que acontecesse, mas aconteceu.
Isto não pode ser fator de inibição, de receio ou de medo para o próximo desafio. Com o caráter que têm, não tenho dúvida de que os jogadores vão resolver esta situação. Espero que seja já no próximo jogo [com o Estoril Praia], diante dos nossos adeptos, que foram fantásticos hoje, num jogo inteiro à chuva.
Sabíamos que, ofensivamente, os nossos médios tinham de ter muita capacidade na pressão, mas também no jogo posicional [a propósito da troca efetuada no meio-campo].
Sentimos que o Zag era fundamental, porque não só é agressivo sem bola, como percebe muito bem o jogo interior. Queria também premiar a superação mental que apresentou [durante a lesão].
O Samu tem de perceber que nenhum jogador pode colocar os interesses individuais à frente dos interesses coletivos. No último jogo, eu pedi aos jogadores para entrarem com ‘pitons’ de alumínio e ele entrou com ‘pitons’ de borracha”.