A autarquia de Barcelos concluiu, em dezembro, os trabalhos de colocação de uma nova roda na Casa da Azenha, construída agora em madeira exótica “capaz de suportar melhor as condições climatéricas”.
Entretanto, a roda da Azenha começará a funcionar logo que estejam concluídos os trabalhos técnicos e de musealização no interior do edifício, sendo depois aberta ao público.
Os trabalhos coincidiram com o destaque na reportagem “International Molinology”, publicada no Journal of The International Molinological Society, N.º 109, de dezembro, conforme destacou hoje a Câmara.
A Casa da Azenha é um edifício recuperado na margem do Rio Cávado e junto à ponte medieval de Barcelos, onde antigamente funcionava uma moagem, com a respetiva habitação dos moleiros.
É um dos edifícios mais emblemáticos do casco velho da cidade, já que integra as vistas pitorescas que de Barcelinhos se fazem para o conjunto histórico de Barcelos, juntamente com a ponte, o Paço dos Condes, a igreja Matriz e o Solar dos Pinheiros.
Esta casa é o resultado de um “sonho”, inicialmente megalómano, que demorou mais de dez anos a concretizar-se, desde 1886 até cerca de 1896, data do seu registo notarial. A sua aprovação pela Câmara Municipal de Barcelos remonta ao ano de 1891.
Foi mandada construir por António José da Silva, tendo mudado de proprietário várias vezes ao longo dos anos, laborando até ao início dos anos setenta do século XX, não resistindo aos novos tempos, concorrência dos moinhos industriais.
O edifício foi adquirido pelo Município de Barcelos, em 1993, tendo-se promovido a sua recuperação, concluída em 2003.