A embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Onhivets, afirmou, hoje, “ser falso que as autoridades ucranianas pretendam lançar uma ofensiva nos territórios temporariamente ocupados das regiões de Donetsk e Luhansk”.
“No dia 16 de fevereiro, o Comité de Investigação da Federação Russa divulgou uma declaração falsa, alegando que os militares ucranianos estão a utilizar métodos e meios de guerra proibidos e a cometer atos criminosos contra civis no Donbas”, diz a diplomata em nota enviada a O MINHO.
Inna Onhivets estará amanhã em Braga para presidir a uma cerimónia pública de homenagem, no Parque da Ponte, aos que caíram mortos na luta pela “revolução da Dignidade” em 2014.
A Embaixada garante, ainda, que “a Ucrânia também não realiza nem planeia realizar qualquer sabotagem no Donbas. Rejeitamos categoricamente as tentativas da Rússia de agravar a já tensa situação de segurança”.
Ao contrário – diz a embaixadora – “nos dias 17 e 18 de fevereiro, as formações militares ilegais da Rússia bombardearam as cidades ucranianas de Stanytsia Luhanska e Maryinka, bem como comunidades ao longo da linha de contacto com armas proibidas pelos Acordos de Minsk, danificando as infraestruturas civis e causando ferimentos a civis e militares ucranianos”.
E acentua: “Só no dia 17 de fevereiro, as formações militares ilegais da Rússia cometeram 60 violações do cessar-fogo, usando armamento proibido pelos Acordos de Minsk na grande maioria dos casos”.
Inna Onhivets salienta que, “no mesmo dia, a propaganda russa divulgou notícias falsas, alegando que um grupo ucraniano havia cometido um ato de sabotagem numa fábrica de produtos químicos na região de Donetsk”.