Os canoístas portugueses que compõem o K4 500 metros apontaram hoje à luta por uma medalha nos Jogos Olímpicos Tóquio2020. A comitiva da canoagem viajou hoje rumo ao Japão, desde o aeroporto de Lisboa, onde parte dos atletas falou aos jornalistas num espaço montado pelo Comité Olímpico de Portugal (COP).
“Um bom resultado é lutar por uma medalha. Baseado nos resultados que alcançámos nas recentes provas, não é desejar de mais. Temos de trabalhar forte para sonhar alto e é dessa forma que este K4 trabalha todos os dias, com muito empenho e vontade. Se vier a medalha, espetacular. Se não vier, estamos de consciência tranquila porque fizemos tudo para que ela viesse”, afirmou o experiente Emanuel Silva, 35 anos, de Braga.
Prata em Londres2012, com Fernando Pimenta (K2 1.000), Emanuel Silva desempenha um papel de liderança na equipa de K4 500, composta por João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela, dada a sua experiência que o leva a participar nos seus quintos Jogos Olímpicos, após o quarto lugar em K2 1.000 e o sexto em K4 1.000 do Rio2016, o 10.º em K1 1.000 de Pequim2008 e o sétimo de Atenas2004, na mesma categoria.
“Nas outras edições participava em 1.000 metros, agora em 500. São distâncias completamente diferentes. Vão ser uns Jogos Olímpicos completamente atípicos e diferentes do normal, mas não nos afeta, porque vamos fazer o que mais gostamos, que é competir”, assegurou o bracarense, do Kayak Clube Castores do Arade.
Emanuel Silva entende que é preciso “justificar o investimento na modalidade e no projeto olímpico”, partindo com mentalidade vencedora: “Vamos lá para vencer. Não ia ser correto dizer que vamos lutar por uma final. Se eu e o K4 estamos habituados a finais e a lutar por medalhas, é dessa forma que vamos encarar os Jogos Olímpicos”.
“A minha responsabilidade, acima de tudo, é dar o meu melhor. Ninguém pode exigir muito mais do que o meu máximo. Ninguém mais do que eu e a equipa quer ganhar uma medalha. Passamos mais de 250 dias fora de casa, em estágios e competições”, lembrou o canoísta, secundado por João Ribeiro, com quem fez dupla no Rio2016.
O benfiquista, de 31 anos, também se mostrou convicto de que o K4 “vai fazer um bom resultado”, levando até Tóquio “muito empenho e dedicação” para chegar ao objetivo.
“Acho que o adiamento dos Jogos foi benéfico para nós. Precisávamos de mais alguns meses para trabalhar este K4 e evoluímos bastante nos últimos tempos. Estamos bastante focados e sabemos que podemos fazer um bom resultado”, considerou.