O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, considerou hoje que a única explicação para a oposição não querer participar nos debates para as legislativas de maio, em que representará a coligação com o PSD, é o medo.
Questionado pelos jornalistas, à margem da cerimónia de corte da primeira peça para a construção do primeiro de seis Navios Patrulha Oceânicos (NPO) de terceira geração, em Viana do Castelo, Nuno Melo disse encarar a posição do BE, Livre e PAN com normalidade porque “o receio faz parte da vida”.
“O medo faz parte da natureza humana, mas eu cá estarei para debater com quem queira, quando queiram, sendo que a democracia é feita disso mesmo. Nesta coligação de dois partidos há, de facto, duas visões que confluem num projeto para Portugal e que devem ser expressas pelos líderes dos partidos. Eu lá estarei [nos debates] com toda a certeza, sem problema nenhum”, frisou.
Nuno Melo disse não ter “receio” nem lhe caírem “’os parentes na lama’ por ser chamado a debater com o BE, Livre e PAN”.
“Esses partidos, se quiserem ir por essa linha, por acaso representam do ponto de vista partidário, um bocadinho menos do que o CDS”, referiu.
O presidente do CDS-PP, que vai ser candidato a deputado pelo Porto na coligação com o PSD às eleições legislativas de maio, afirmou que “o problema” da sua participação em debates para as legislativas de 2024 “tinha a ver com o facto de o CDS não ter deputados na Assembleia da República”.
“Neste momento, o CDS tem deputados na Assembleia da República e, que me conste, esta é uma coligação de dois partidos. Compete à coligação Aliança Democrática definir, de acordo com a sua estratégia, o que melhor nos convém tendo em vista o resultado que é o de vencermos as eleições. Não compete às oposições decidir o que é mais eficaz se ser o Luís Montenegro ou eu a participar nesses debates”, observou.