O submarino Arpão, da Marinha portuguesa, já percorreu 2.185 milhas náuticas em 21 dias da missão da NATO no mar mediterrâneo, contribuindo para a segurança naquele corpo de água salgada, foi hoje anunciado pela Marinha a propósito de um balanço na Páscoa.
Representam mais de 4.000 quilómetros ao longo de 513 horas submerso, durante as quais a embarcação acompanhou mais de 1.300 navios na atual missão “Sea Guardian”, que visa, essencialmente, prevenir eventuais ações terroristas naquele espaço situado entre os continentes da Europa, Ásia e África.
Comandados pelo capitão-tenente Taveira Pinto, são 33 os marinheiros a bordo do Arpão, numa missão que deverá demorar cerca de dois meses, ou seja, mais um mês e uma semana.
Numa nota publicada pela Marinha, aquando da partida, era referido que as características operacionais do submarino, tanto na componente de dissuasão como de recolha de informações, tornam-no “num meio muito relevante no cumprimento dos objetivos das missões que vai integrar”.
“O navio da Marinha contribui assim de forma decisiva para a segurança marítima do Mediterrâneo Ocidental e Oriental em tempos tão conturbados”, pode ler-se na nota publicada através das redes sociais.
Portugal prevê empenhar 1.440 militares dos três ramos das Forças Armadas em Forças Nacionais Destacadas (FDN) no estrangeiro em 2022, num total de 30 missões internacionais, de acordo com um documento oficial do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
Segundo informação pública divulgada em janeiro no “site” do EMGFA, sobre as missões internacionais com o empenhamento de Forças Nacionais Destacadas em 2022, e que foram aprovadas pelo Conselho Superior de Defesa Nacional, Portugal participa este ano em nove missões da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), sete da União Europeia (UE), três da Organização das Nações Unidas (ONU) e 11 no âmbito de acordos bilaterais e multilaterais.
Comparativamente a 2021, Portugal diminui o seu contingente em 266 militares mas participa em mais três missões este ano.
No total, a NATO é a organização que contabiliza um maior número de militares envolvidos em todas as suas missões, no entanto, à semelhança de 2021, a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), em Bangui, continua a ser a que absorve mais militares portugueses: ao todo 235.
No âmbito da Aliança Atlântica, Portugal prevê empenhar este ano 776 militares, três navios, 47 viaturas táticas e seis aeronaves.
Entre as nove missões da NATO destaca-se a “Tailored Forward Presence”, na Roménia, que prevê um total de 174 militares portugueses, a “Standing NATO Maritime Group One”, no Atlântico, com um total de 196 militares ou ainda a Operação “Sea Guardian”, no Mediterrâneo, com 149 militares. Portugal participa ainda, no âmbito da NATO, em missões na Islândia, no Mar do Norte e Báltico, Alemanha, Lituânia, Kosovo e Iraque.