Em Braga, Raimundo apela a indecisos a levarem as suas “dificuldades” ao voto no domingo

CDU encerrou campanha em comício na Escola Sá de Miranda
Foto: PCP

O secretário-geral do PCP apelou hoje aos indecisos e também àqueles que já decidiram para, no domingo, levarem “todas e cada uma das suas dificuldades” ao boletim de voto, acreditando que se o fizerem votarão na CDU.

“Que cada dificuldade da vida, que renda que não se aguenta, que cada prestação que custa pagar […], que essas dificuldades da vida estejam presentes no dia 18”, disse Paulo Raimundo, que discursava no último comício da campanha da CDU, que decorreu na Escola Sá de Miranda.

Durante a sua intervenção, o líder comunista pediu aos eleitores para levarem “todas e cada uma das suas dificuldades ao voto”, acreditando que, se o fizerem em consciência, “só há uma opção que dá resposta a todas e cada uma dessas dificuldades”.

“O voto desses todos só pode e tem de ser na Coligação Democrática Unitária”, vincou.

Paulo Raimundo pediu que no domingo todos os trabalhadores, reformados e jovens façam “aquilo que fazem todos os dias” para “aguentar a sua vida difícil”.

“Que no dia 18 esteja presente o salário que é curto para o mês comprido, a reforma não chega, o peso das propinas, os cortes na investigação”, disse, pedindo a todos para votarem “com a mesma coragem com que enfrentam os problemas da vida”.

Num discurso feito já depois das 23:00 e depois de 6.500 quilómetros feitos durante a campanha, Paulo Raimundo reiterou a confiança de que a CDU irá crescer nas próximas legislativas, considerando que aquela força trouxe “as preocupações do povo” para o centro da discussão política.

Foto: PCP

Além disso, deixou a promessa de que, na segunda-feira, “sejam quais forem os resultados”, a CDU lá estará “ainda com mais confiança e com mais força”.

O comício começou com música, pelos Cantares da Terra, seguido do discurso de Vitória, de 18 anos, filha de um operário, que irá votar pela primeira vez.

“Não me conformo que a única perspetiva que me deem seja viver pior do que os meus pais, que a casa é um luxo e que a autonomia é uma miragem”, afirmou a jovem, justificando assim o voto na CDU no domingo.

Também no comício, a número um por Braga da CDU, a professora Sandra Cardoso, notou que a atual campanha foi “marcada pela empatia”, com um ambiente vivido “muito diferente de há um ano”.

“Enquanto há um ano, encontrámos muitas pessoas zangadas connosco por causa das posições firmes que tomámos, este ano encontrámos pessoas que se identificam com as nossas posições e percebem agora as nossas razões”, vincou a candidata, num discurso em que ainda criticou “a treta do voto útil”.

 
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