Em Barcelos, Moreira da Silva diz que não dá “para o peditório” do Chega

Candidato ao PSD
Em barcelos, moreira da silva diz que não dá "para o peditório" do chega

O candidato à liderança do PSD Jorge Moreira da Silva afirmou hoje que não dá para o “peditório” do Chega para um movimento de convergência à direita, reafirmando que com o partido de André Ventura “nunca, jamais, em tempo algum”.

Em Barcelos, no distrito de Braga, à entrada de um encontro com militantes no âmbito da campanha para as diretas de 28 de maio, Jorge Moreira da Silva lembrou que, sobre aquele assunto, já disse tudo o que tinha a dizer em 2020.

“A minha posição desde 2020 é muito simples e diz-se numa frase: nunca, jamais, em tempo algum. É simples, não tem novidade”, referiu.

O presidente do Chega desafiou hoje os candidatos à liderança do PSD, Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva, para um “movimento de convergência à direita” do Governo e uma conferência que junte partidos de “alternativa ao espaço socialista”.

“O Chega, através de carta endereçada por mim, contactou hoje os dois candidatos à liderança do PSD, quer Luís Montenegro, quer Jorge Moreira da Silva, com o intuito muito claro” de, “independentemente de quem vença eleições de 28 de maio, se realizar no mês a seguir uma grande conferência de alternativa ao espaço socialista em Portugal”, afirmou.

“Não dou para esse peditório (…). Percebo que o meu competidor direto nesta campanha [Luís Montenegro] tenha mais dificuldade nesse tema e tenha andado a dar respostas um pouco ziguezagueantes, mas no meu caso não há história”, reagiu Jorge Moreira da Silva.

Para o antigo ministro do Ambiente, o foco deve estar nas “coisas graves” que se registaram em Portugal na última semana, que atestam “o fracasso e a falência de várias políticas públicas deste Governo”.

Apontou, designadamente, a “trapalhada do imposto sobre produtos petrolíferos, em que o Governo estimou uma redução e que acabou por ser outra”, o aumento do número de portugueses sem médicos de família e a pouca adesão dos municípios à descentralização de competências.

Aludiu ainda ao caso do acolhimento de refugiados ucranianos, sublinhando que, “quando toda a gente se virou apenas para a Câmara de Setúbal, o Estado também não fez aquilo que lhe competia na prevenção dos riscos de que interesses pró-Putin estivessem a obter de forma ilegal e ilegítima informações que afetavam e prejudicavam cidadãos ucranianos e também cidadãos portugueses.

Jorge Moreira da Silva disse ainda que esta foi a semana em que se apercebeu, “mais uma vez, que as questões associadas ao estado social estavam em risco de forte prejuízo, com um Orçamento do Estado que penaliza os pensionistas e os funcionários públicos”.

“Se em sete dias aconteceram coisas tão graves como estas, porque haverei de dar para o peditório da troca de cartas, matéria sobre a qual a minha resposta é tão desinteressante [por a sua posição já ser conhecida desde 2020], afirmou.

Sobre as eleições para a liderança do PSD, Jorge Moreira da Silva disse que os militantes terão de pensar se estão a escolher “apenas um líder da oposição ou um líder da oposição que dê confiança, credibilidade e condições para liderar um governo”.

Disse considerar que é o candidato que está em melhor posição para liderar um governo, mas sublinhou que “não existem homens providenciais”, para reiterar a sua “grande confiança” no futuro do partido, ganhe quem ganhar as diretas de 28 de maio.

“No dia seguinte, saberemos unir o partido”, rematou.

 
Total
0
Shares
Artigo Anterior
Já se ouvem os motores em braga. Falperra arranca hoje com sessão de treinos

Já se ouvem os motores em Braga. Falperra arranca hoje com sessão de treinos

Próximo Artigo
Fc porto pode festejar 30. º título na luz ou no autocarro

FC Porto pode festejar 30.º título na Luz ou no autocarro

Artigos Relacionados