A região do Minho teve 264 casos de furtos e falsificação de arte sacra, em 16 anos, sendo a terceira, a nível nacional, a seguir às Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, seguida de Coimbra, segundo estatística da Unidade de Informação Criminal da Polícia Judiciária.
Os números foram revelados por Pedro Silva, o coordenador de investigação criminal da Secção na Diretoria do Norte da PJ, que trata os processos de criminalidade associada aos bens culturais, falando durante o colóquio de reinauguração da exposição A Arte do Falso, que decorre na Alfândega do Porto até ao próximo dia 29 de agosto, com entrada gratuita.
Segundo o mesmo responsável da Polícia Judiciária, cuja Diretoria do Norte inclui ainda os Departamentos de Investigação Criminal de Braga e de Vila Real), na região do Minho, a tipologia criminal é liderada por furto e/ou falsificação de arte sacra, escultura e pintura.
O Departamento de Investigação Criminal da PJ de Braga, que abrange toda a região do Minho e teve o seu diretor, António Gomes, presente no colóquio, na Alfândega do Porto, também atua nos casos de criminalidade associada a bens culturais, como recentemente sucedeu com a apreensão, há dois anos, de um relicário com as ossadas de Frei Bartolomeu dos Mártires, furtada da Igreja de São Domingos, em Viana do Castelo, crime que tinha sido cometido dois dias antes, por um jovem de 25 anos, residente no concelho.