Declarações após o jogo FC Porto-Vizela (4-2), da 32.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio do Dragão, no Porto:
Álvaro Pacheco (treinador do Vizela): “Até aos lances dos primeiros golos do FC Porto estávamos a controlar o jogo, mas eles fizeram os golos em dois erros nossos. Nós até tínhamos entrado bem no jogo, com uma mentalidade forte, sendo competitivos, e mesmo perante esses erros, a reação da equipa foi fantástica.
Tivemos coragem, nunca nos desligámos do plano e do objetivo de discutir o jogo e chegámos com mérito ao 2-2.
Com o empate era importante mantermo-nos equilibrados emocionalmente, porque sabíamos que o FC Porto iria reagir. Infelizmente, sofremos o 3-2, mas ainda conseguimos reagir na parte final, empurrámos o adversário para trás, mesmo sofrendo o quarto golo já a acabar.
Pelo que fizemos, pela coragem, e pela forma como como lidámos com as adversidades, saio com orgulho nos meus jogadores. É importante agora mantermos essa coragem para conseguimos o objetivo da manutenção.
Quem vê o Vizela, vê uma equipa com identidade forte. Não conseguimos os pontos que queríamos, mas mostrámos que somos capazes de jogar olhos nos olhos com o líder do campeonato.
Acredito que assim vamos conseguir o objetivo da manutenção e para a próximo época vamos ser ainda mais competitivos.”
Sérgio Conceição (treinador do FC Porto): “Ser campeão no estádio ou no sofá não é importante. O que prefiro é ser campeão. Agora, temos é de preparar o jogo com o Benfica da melhor forma, esse será o nosso foco.
Haver um pouco de ansiedade e nervosismo é bom, deixa-nos em alerta. Não vejo problema. Nos primeiros 15 minutos, o tempo de jogo foi curto, mas, depois de termos feito o primeiro golo, percebemos o que a partida estava a precisar e fizemos, pouco depois, o 2-0 de penálti.
A seguir, tivemos uma posse de bola não muito objetiva, e quando isso acontece não é bom sinal. Numa perda sofremos um grande golo, e, na segunda parte, no segundo remate enquadrado do Vizela, eles fazem o 2-2.
Isso podia ter criado alguma intranquilidade na equipa, mas o público foi fundamental e não deixou os jogadores caírem. Naturalmente, com a qualidade que temos, e com alguns ajustes que fiz, com as substituições, a equipa acreditou que podia voltar a marcar, como aconteceu.
O Francisco [Conceição] entrou bem, tal como os outros. Ajudou num golo importante, que nos possibilitou acabar o jogo com uma margem mais folgada. Claro que fico orgulhoso, mas olho para todos os jogadores do plantel da mesma forma, não faço distinções.
(sobre ter chegado à marca de 83 golos no campeonato) Temos uma equipa de grande qualidade no processo ofensivo, não só na dinâmica coletiva como também nas individualidades. Temos qualidade e jogadores que nos permitem estar num patamar ofensivo superior em relação a outros anos.”