Com a confirmação de Hugo Pires como candidato do PS às eleições autárquicas deste ano no concelho de Braga, e sabendo-se já que Ricardo Rio se recandidata a um terceiro mandato como presidente da Câmara, está a ficar definido o leque de candidatos dos vários partidos.
Hugo Pires avança já com a pré-campanha, faltando saber se consegue unir o partido, depois de a maioria da Comissão Política ter criticado a decisão da Direção nacional de o indicar. Em causa está a possível presença na lista para a vereação do líder da Concelhia e vereador, Artur Feio – já convidado, mas ainda sem responder – e de personalidades como Pedro Sousa, líder da bancada socialista na Assembleia Municipal – um dos que votou uma moção na Comissão Política local contra o modo como a escolha foi feita. Hugo Pires já disse que tudo fará “para unir o PS/Braga”.
Juntos por Braga
Na Coligação, sabe-se já que – e conforme O MINHO noticiou – o partido Aliança e o PSD de Braga estão prestes a concluir um processo negocial para a integração do primeiro na coligação “Juntos por Braga”, até agora formada pelo PSD, CDS e PPM.
O acordo ainda não foi passado a escrito mas já há entendimento sobre a sua incidência que será a de assegurar a presença na Assembleia Municipal e em algumas freguesias, bem como na lista para a Câmara, ainda que sem elegibilidade garantida.
Na coligação falta, ainda, saber quem será o segundo nome do CDS na lista à Câmara, dada a saída já anunciada da vereadora da Educação Lídia Dias, em rutura com o líder concelhio e vereador Altino Bessa. O tema está no segredo dos gabinetes centristas, mas fala-se em personalidades como a de Paula Brito, uma professora que é casada com o líder dos centristas na Assembleia Municipal, João Medeiros, bem como de Carlos Neves, que foi vice-presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte e também líder centrista na AM, ou, ainda, de Manuel Rocha, ex-presidente da Concelhia. Outra das hipóteses era a do presidente da União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, Luís Pedroso, mas a mesma foi afastada dado que a Coligação não prescinde da sua presença na lista à presidência das três freguesias.
O último dos hipotéticos candidatos a substituir Lídia Dias era o ex-assessor camarário e ex-líder da Juventude Centrista, Francisco Mota, mas O MINHO apurou que foi já descartado, por não ter apoio da Concelhia de Altino Bessa, e do próprio Ricardo Rio, que tem a última palavra a dizer sobre a lista.
CDU, BE; CHEGA, IL e outros
A CDU ainda não indicou oficialmente o seu candidato, mas O MINHO concluiu que a escolha deve recair sobre Bárbara Barros, até agora deputada na Assembleia Municipal, e que tem substituído Carlos Almeida na vereação camarária, e com grande protagonismo. O Bloco de Esquerda diz que “em breve” anunciará o seu cabeça de lista, uma escolha que pode recair no nome da deputada no parlamento, Alexandra Vieira, que tem dado a cara nas várias iniciativas locais do partido.
Dentre os partidos mais pequenos, o Chega deve avançar com o nome da personal trainer e vice-presidente da Distrital de Braga, Eugénia Fernanda Sales dos Santos, conhecida como Jenny entre os amigos. O processo de escolha levou já à demissão e abandono do partido de Nelson Pereira, que era líder concelhio.
Alguns militantes queriam que o presidente da Distrital, Filipe Melo assumisse a tarefa, mas este não a aceitou, alegando, em declarações a O MINHO, que há que “dar lugar e premiar” os militantes mais trabalhadores.
Já no Iniciativa Liberal tudo indica que a dirigente concelhia, a farmacêutica Olga Batista, seja a cabeça de lista à Câmara embora esta, quando O MINHO a contactou, há alguns dias, se tenha escusado a confirmar o facto, optando, de seguida, pelo envio de um comunicado aos órgãos de comunicação social, onde diz que o anúncio será feito dentro de dias.
Outros partidos
Sobre o PAN sabe-se que “haverá notícias nos próximos dias”, e o mesmo sucede com outros partidos com alguma tradição de comparência nas eleições municipais em Braga, como é o caso do MRPP- Movimento Revolucionário do Partido do Proletariado, e do Nós Cidadãos, que concorreu em 2017. Todos eles terão alguma dificuldade em concorrer às 37 freguesias, dado que a sua implantação concelhia é, ainda, diminuta.
Por último, e sob o nome de City Braga, nasceu, há dias, um movimento liderado por Filipe Ferreira, de 55 anos, que está a recolher assinaturas para uma candidatura independente.