A sustentabilidade, a inovação e digitalização, as políticas sociais, a economia e a regeneração urbana são as áreas estratégicas do Eixo Atlântico que, com um orçamento de quatro milhões de euros para 2021, pretende dar “mais voz” às cidades.
Reunidos hoje numa conferencia de imprensa que decorreu ‘online’, o presidente, a vice-presidente e o secretário-geral do Eixo Atlântico apresentaram a estratégia e objetivos de trabalho para o próximo ano, definidos e aprovados na Assembleia Geral, que ocorreu na quarta-feira.
Num ano marcado pela incerteza da pandemia, o secretário-geral do Eixo Atlântico, Xóan Mao, destacou a entrada de mais quatro concelhos para a entidade: Ponteareas, Depútacion de Ourense (Galiza), Amarante e Gondomar.
“O Eixo Atlântico triplicou em quase 30 anos e consolida-se agora como um refúgio para lidar com a tormenta [referindo-se à crise provocada pela covid-19]. A adesão de novos municípios mostra isso”, afirmou.
Em 1995 eram 13 as entidades locais que integravam o Eixo Atlântico, número que desde então cresceu mais de “200%”, contando em 2021 com 39 entidades.
Com um orçamento para 2021 de quatro milhões de euros, 84% dos quais para programas de atuação (correspondendo a cerca de 3,4 milhões de euros), Ricardo Rio, presidente do Eixo Atlântico e da Câmara Municipal de Braga, afirmou que a entidade vai trabalhar para “ter uma voz única”.
“Estamos na 4.ª fase da vida do Eixo Atlântico, em que este se assume como uma plataforma de desenvolvimento conjunto”, disse, acrescentando que um dos objetivos é “capitalizar para as áreas de interesse comum”.
Neste momento, o Eixo Atlântico tem em desenvolvimento 14 projetos em áreas como o turismo, cultura e ambiente.
Sob a ótica de dar “voz” aos municípios, o Eixo Atlântico vai atuar, nos próximos anos, em cinco áreas estratégicas, através das quais pretende criar “comissões”, explicou Lara Méndez, vice-presidente do Eixo Atlântico e presidente do Lugo, na Galiza.
A sustentabilidade, a inovação e digitalização, as políticas sociais como “um escudo de proteção”, a economia e a regeneração urbana serão as cinco áreas estratégicas.
“O Eixo tem de continuar a ter um papel importante e estas comissões vão ao encontro dos objetivos definidos pela União Europeia”, salientou a vice-presidente, acrescentando que cada uma destas comissões “tem de estar enquadrada em cada autarquia”.
O secretário-geral do Eixo Atlântico salientou ainda que a entidade passa de ser “um aliado de reivindicação” para, juntamente com os municípios, “construir” em particular num ano marcado pela “maior crise desde a guerra mundial”.
“Estamos a passar por uma grande crise, a maior desde a 2.ª Guerra Mundial, e nada vai ser igual. Os concelhos e municípios são quem está na primeira linha e precisam de ter uma voz”, disse, salientando a atuação das autarquias às emergências e necessidades que foram surgindo durante a pandemia como a carência alimentar ou de meios tecnológicos.
“Assumimos o papel para que as cidades saiam reforçadas desta crise, sendo que o objetivo de tudo é a economia e a criação de emprego”, afirmou.