Eis os 15 restaurantes do Minho recomendados pelo Guia Michelin

Dos 190 restaurantes portugueses que surgem na edição de 2025 do Guia Michelin, encontram-se 15 no Minho.

A edição de 2025 do Guia MICHELIN já foi publicada, integrando 15 restaurantes dos distritos de Braga e de Viana do Castelo. Dos 15, apenas dois conseguiram uma estrela: restaurante A Cozinha, de Guimarães, e o Palatial, de Braga.

Já os restaurantes Camelo (Viana), Tasquinha da Linda (Viana), Inato Bistrô (Braga) e Norma (Guimarães), foram distinguidos como restaurante Bib Gourmand, relativo a “uma boa relação qualidade/preço, na ordem dos 45 euros”.

Em relação ao ano passado, saíram da lista os restaurantes Petiscas (Ponte de Lima), Louro (Viana do Castelo) e Dona Júlia (Braga), e entraram Palatial (Braga), Filho da Mãe (Braga), La Babachris (Guimarães) e Esperança Verde (Braga).

Eis a lista de restaurantes recomendados para a região do Minho e respetivo comentário do Guia:

A Cozinha (Guimarães)

“A cereja no topo do bolo para terminar a sua visita a esta bela cidade, cujo centro medieval foi declarado Património da Humanidade. O restaurante, num edifício discreto no centro histórico, tem uma encantadora sala informal de onde se vê a cozinha, estando esta parte bem separada por um mural de vidro. António Loureiro, o chefe de cozinha, propõe através dos seus menus de degustação (que também oferece uma carta reduzida com os mesmos pratos) elaborações repletas de sensibilidade e equilíbrio, de forma moderna, mas com uma base tradicional sólida, apresentações extremamente cuidadas e algo que chama a atenção, seu maior respeito pelo produto. Curiosidades? Na parte superior há uma sala privada e… um pequeno terraço repleto de plantas aromáticas”.

Palatial (Braga)

“Trata-se de um projeto invulgar, pois reflecte a aposta na diversificação de uma empresa familiar, dedicada ao mundo das piscinas, da alta gastronomia e do alojamento premium (oferecem também 7 suítes).
As espaçosas e chamativas instalações, na saída sul da localidade, surpreendem com uma espécie de wine tasting bar onde exaltam os melhores vinhos da região. Na sua elegante sala, bem conduzida por uma equipa profissional, propõem um serviço à la carte e dois menus degustação (Tradição e Inovação) que mudam com as estações do ano e recorrem aos melhores produtos nacionais da temporada. Dentro da sua proposta, que se baseia na tradição gastronómica portuguesa, mas que a retoma de um ponto de vista criativo, com algumas licenças apropriadas para melhorar as receitas, chamou-nos a atenção a original combinação de Linguado e “cozido à portuguesa” e a sobremesa Queijo, marmelo e avelã, que jogam com as temperaturas e as texturas”.

O Filho da Mãe (Braga)

“O nome, o Filho da Mãe, é uma homenagem à mãe do proprietário — como é fácil de imaginar! Este diminuto e aconchegante espaço foi desenhado ao pormenor pelo próprio dono, após ter deixado a área da arte e da arquitetura para se aventurar à sua nova paixão, a gastronomia. Instalado numa pitoresca rua de Braga, próximo da zona histórica da cidade, o restaurante oferece uma oferta inovadora com sabores inspirados na América do Sul, representando um verdadeiro tributo aos sabores tropicais. Pratos com peixe fresco, como o Robalo cru com Aguachile e pepino, ou o Bao recheado com filete de Tilápia, molho tártaro e um refrescante toque de lima, são os destaques da ementa. Para além de opções de massas frescas e sobremesas tentadoras, como o imperdível Brownie com caramelo salgado e nozes pecan!”

Inato Bistrô (Braga)

“O seu nome vem de In”ATO” algo que está em movimento, em atividade… e aqui tudo é servido por Ato (I, II, III e IV). Os jovens chefes Miguel Rodrigues e Tiago Costa juntaram-se para apresentar uma proposta criativa onde utilizam produtos locais da melhor qualidade. Localizado em frente à Praça Municipal, no coração de Braga e com um ambiente elegante ao mesmo tempo, este local recorda-nos que é possível preparar pratos surpreendentes com um simples ingrediente!”.

Ferrugem (Famalicão)

“Muito atrativo, pois está escondido em… um antigo estábulo! Na sua sala, de tetos altíssimos e ambiente rústico-moderno, poderá descobrir uma cozinha atual de tendência criativa”.

Norma (Guimarães)

“Localizado numa casa de construção antiga que passa quase desapercebida entre a vizinhança, mas com vistas privilegiadas. Do seu terraço se pode contemplar a igreja de São Gualter um símbolo icónico da cidade. O chef responsável é Hugo Alves, que, após passar por casas de renome em Portugal, decidiu apostar na sua cidade natal. A sua proposta centra-se num menu degustação, único e à la carte, que troca a cada temporada. Para não fugir a norma, haverá que provar o Profiterole feito de sapateira, tomate, manjericão, queijo creme, o suculento Bràs e como opção vegetariana, mas nem por isso sem um toque saboroso a Feijoada de aipo, sésamo, tsukudani e laranja”.

Restaurante Camelo (Viana do Castelo)

“Um estabelecimento familiar que, apesar da sua localização numa localidade transitória, está quase sempre cheio. Tem acesso através de um bar de espera e conta com vários salões, todos bem montados, conta também com uma grande tenda para banquetes e um enorme pátio de jardim onde se instalam os terraços. Aqui elaboram uma cozinha minhota de qualidade comprovada, pois possuem o seu próprio viveiro de mariscos, um aquário para lampreias, uma boa secção de carnes e até um menu vegetariano dentro da carta. Um conselho? Por favor, não perca… os pratos de lampreia na temporada!”

Tasquinha da Linda (Viana do Castelo)

“Uma ótima opção para comer nesta atrativa localidade da Costa Verde. O restaurante, situado junto ao Castelo de Santiago da Barra, ocupa um antigo armazém portuário e destaca-se pelo facto de albergar grandes  viveiros. Apresenta um ambiente contemporâneo com a particularidade de que os proprietários são grossistas de peixe, pelo que não oferecem pratos de carne; aqui, só foi dado um passo mais no processo comercial que lhes permite vender peixes e mariscos de qualidade, normalmente por peso e a preços muito competitivos. Não perca as sobremesas, feitas pela filha dos donos”.

Turismo (Barcelos)

“De frente para o rio, por isso tem excelentes vistas. Centra a sua proposta num menu regional atualizado e num menu executivo, mimando os sabores e as apresentações”.

S. Gião (Guimarães / Moreira de Cónegos)

“Localizado num chalé encantador que surpreende com a sua lareira central e vistas para o estádio Moreirense. Cozinha tradicional focada em assados e grelhados”.

A Carvalheira (Ponte de Lima)

“Na Quinta do Eido Velho, se apaixonará pela sua beleza rústica e os seus jardins. Cozinha tradicional portuguesa com dois pratos de destaque: Bacalhau com broa e Cabrito assado”.

Hool (Guimarães)

“Resulta acolhedor e surpreendente pelo seu terraço sob arcadas, e com vistas a… uma das praças mais charmosas de Guimarães! Cozinha tradicional atualizada e reinterpretada”.

34 (Guimarães)

“Recria uma atmosfera informal e… é uma lufada de ar fresco em Guimarães! Carta com recomendações de temporada e pratos”.

La Babachris (Guimarães)

“A primeira coisa que chama a atenção neste restaurante, situado num edifício protegido pela UNESCO que preserva parte da antiga muralha da cidade, é o nome do local, já que reúne o sonho de Bárbara (portuguesa) e Christian (chef franco-espanhol) de terem o seu próprio restaurante desde que se conheceram na prestigiosa Ecole Lenôtre de Paris. Conta com uma sala principal informal de estilo bistrô e uma confortável sala privada, onde poderá descobrir uma cozinha contemporânea de essência mediterrânica, com fusões francesas e toques internacionais, baseada nos melhores produtos sazonais portugueses. Oferecem uma pequena ementa com as sugestões do dia, um menu executivo ao almoço e o chamado Menu do Chef, com uma orientação mais gastronómica. Não deixe de provar alguns dos seus famosos arrozes e, se puder, o Tártaro de carne de boi inspiração Chloé, que nos surpreendeu pelo seu excelente tempero e sabor.”

Esperança Verde (Braga)

Situado a cerca de 10 minutos a pé do centro da cidade, mesmo à saída da circular, revela-se uma agradável surpresa no rés de chão de uma torre residencial. Este restaurante, que ganhou um novo rumo sob a orientação do chef Hugo Sousa (filho do anterior proprietário, que passou da cozinha para a sala), aposta numa cozinha moderna, técnica e delicada, com uma boa incorporação de produtos locais. Escolha entre três menus degustação: Novos Rumos (5 momentos), Entre o mar e a serra (7 momentos) e A minha história (9 momentos). Pratos de destaque? Chamou-nos a atenção o pão artesanal produzidos artesanalmente, como homenagem ao que outrora se preparava nos fornos comunitários, e a chamada Truta, Cherovia, Endro e Ervas do Campo, em que o grande protagonista é uma suculenta truta de açude marinada.