Eis o novo diretor artístico do Centro das Artes José de Guimarães

Miguel Wandschneider
Eis o novo diretor artístico do centro das artes josé de guimarães
Foto: DR

O curador Miguel Wandschneider assume a partir de terça-feira a direção artística do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e da programação de Artes Visuais d’A Oficina, em Guimarães, foi hoje anunciado.

De acordo com um comunicado da cooperativa cultural vimaranense A Oficina, a colaboração com Miguel Wandschneider – que sucede no cargo a Marta Mestre, agora curadora do Centro Cultural de Belém, em Lisboa – terá uma duração prevista de três anos.

Nascido em Lisboa em 1969, Miguel Wandschneider iniciou a sua atividade de curador em 1997, com a exposição “Ernesto de Sousa: Revolution My Body”, na Fundação Calouste Gulbenkian, tendo assumido o cargo de diretor artístico da Culturgest, entre 2004 e 2017, onde fez a curadoria de numerosas exposições.

Mais recentemente, foi curador de exposições de Ana Jotta no CCA Wattis Institute, em São Francisco, na Kunsthalle de Zurique, e no Wiels, em Bruxelas, e em 2012 foi nomeado para o Walter Hoops Award for Curatorial Achievement, atribuído pela Menil Foundation em Houston.

Inaugurado no âmbito de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, o CIAJG é um centro de arte contemporânea cujo projeto cultural tem como base a coleção do artista José de Guimarães, composta por arte africana, arte pré-colombiana, arte antiga chinesa, e um conjunto representativo da sua obra.

A partir de formas culturalmente diversas de conhecer o mundo, expressas na coleção, o CIAJG – composto por 1128 objetos, entre cerâmica, escultura, desenho, instalação, têxtil, pintura e artes gráficas – realiza uma programação regular de exposições e programas públicos.

Oito das suas 13 salas têm sido dedicadas à exposição de caráter mais permanente, mas o CIAJG dá também lugar a várias exposições temporárias, e é marcado por um intenso envolvimento do serviço de Educação e Mediação Cultural d’A Oficina.

“É no quadro desta atividade que concebe a sua missão. Ser diverso, inclusivo e plural. Construir públicos, criar sensibilidades e sentidos críticos. Participar no desenvolvimento cultural e social do território. Ser um lugar de experiências transformadoras. Preservar, pesquisar e difundir seu acervo”, sublinha o museu.

Desde que iniciou a sua atividade, em 2012, o CIAJG tem vindo a afirmar-se como um projeto cultural de caráter experimental e discursivo, apresentando reflexões sobre as suas coleções, numa crítica contínua à ideia de museu, acrescenta, no mesmo comunicado.

Gerido pela cooperativa A Oficina, também responsável por outros espaços da cidade como o Centro Cultural Vila Flor ou a Casa da Memória, o CIAJG foi dirigido pela curadora Marta Mestre, entre 2020 e o final de 2024.

Desde então e até 20 de janeiro deste ano, o CIAJG teve aberto um concurso internacional para escolher o novo diretor artístico.

 
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