A ecopista do Tâmega, que liga Amarante, no distrito do Porto, e Celorico de Basto e Cabeceiras de Basto, no de Braga, foi distinguida com o Prémio Europeu de Vias Verdes que valorizem linhas de comboio desativadas, foi hoje anunciado.
Para o presidente da Associação de Municípios do Baixo Tâmega, Paulo Pereira, este prémio “demonstra, uma vez mais, que a existência desta Associação de Municípios é sem dúvida uma mais-valia para esta região”.
“Só através desta sinergia criada entre os municípios foi possível conquistar este prémio, que está ao alcance de muito poucos e que promoverá e divulgará a região de forma exemplar, mostrando claramente que o associativismo público é um exemplo de desenvolvimento regional”, considerou.
A distinção foi revelada a 30 de setembro, no âmbito na conferência internacional sobre Vias Verdes, Mobilidade, Lazer e Turismo, que decorreu em Valência, cidade espanhola. A vereadora da Cultura de Cabeceiras de Basto, Carla Lousada e o vice-presidente de Celorico de Basto, Carlos Fernando Peixoto, em representação da Associação de Municípios do Baixo Tâmega marcaram presença no evento.
Este é um prémio bienal que reconhece exemplos das melhores práticas das Vias Verdes em toda a Europa e tem como objetivo promover os melhores exemplos, apoiando a replicação em outras vias verdes.
Recorde-se que os Municípios de Amarante, Celorico de Basto e Cabeceiras de Basto através da Associação de Municípios do Baixo Tâmega, apresentaram uma candidatura conjunta ao 10.º Prémio Europeu de Vias Verdes, promovido pela Associação Europeia de Vias Verdes que distingue exemplos das melhores práticas das vias verdes em território europeu em três categorias: prémio de excelência, iniciativas exemplares e um prémio especial atribuído pelo júri.
Esta candidatura foi galardoada na categoria de prémio especial concedido para recompensar iniciativas que valorizem a herança ferroviária e/ou iniciativas ou produtos turísticos que promovam o uso de comboios, incluindo o transporte de bicicletas, para aceder às vias verdes, e destinadas a um ou mais desses trilhos.
Este prémio, que faz parte das atividades integradas no ANO EUROPEU DA FERROVIA 2021 (EYR), reflete igualmente a aposta acertada destes municípios na criação de uma ecopista, da sua valorização e promoção.
Em 2007, a REFER e as autarquias envolvidas assinaram um protocolo que resultaria na construção da Ecopista do Tâmega que se inicia em Amarante, passa por Celorico de Basto e termina no Museu Ferroviário de Arco de Baúlhe, em Cabeceiras de Basto.
O percurso tem o rio Tâmega como companhia, em quase todo o seu traçado, conta com uma extensão de 39 quilómetros e oferece paisagens diversas como floresta e campos agrícolas. É um traçado que combina troço em ciclovia e terra batida, passa por estações e apeadeiro com os típicos azulejos, pontes e um túnel com uma extensão de 150 metros.