A companhia aérea britânica Easyjet anunciou hoje a redução de 4.500 postos de trabalho, quase um terço dos seus efetivos, para lidar com o choque da pandemia de covid-19.
Com este anúncio, a empresa junta-se assim aos seus concorrentes British Airways, Ryanair ou Virgin Atlantic, que anunciaram recentemente cortes de empregos.
A Easyjet, cuja atividade está parada há semanas, diz que desta forma pretende preservar as suas finanças e adaptar-se ao tráfego aéreo mais fraco por um longo período.
Em comunicado enviado hoje à Bolsa de Londres, a companhia aérea com sede no aeroporto de Luton, em Londres, indicou que terá uma frota menor e que o processo de consulta com os funcionários começará nos próximos dias.
A empresa informou que tomará medidas “decisivas” para reduzir custos em vários setores de sua atividade, como nos aeroportos, manutenção e equipamentos comerciais.
“Percebemos que estes são tempos muito difíceis e precisamos de considerar decisões muito difíceis que terão impacto sobre as pessoas, mas queremos proteger o maior número possível de empregos a longo prazo”, disse o diretor executivo da empresa, Johan Lundgren.
O responsável acrescentou que a companhia aérea está focada em fazer o que é melhor para o seu sucesso “a longo prazo”.
Johan Lundgren reiterou que a Easyjet voltará a voar a 15 de junho, com um número reduzido de rotas, e que espera que a procura aumente pouco a pouco, mas estima que os níveis que a companhia aérea atingiu em 2019 só serão vistos novamente dentro de três anos.
Nesta situação, “estamos a planear reduzir o tamanho da nossa frota e otimizar a rede e as nossas bases”, acrescentou.
A Easyjet parou a sua frota de aeronaves em março passado, quando as fronteiras internacionais começaram a fechar para conter a pandemia de covid-19.
Os últimos dados indicam que a pandemia de covid-19 já provocou mais de 352 mil mortos e infetou mais de 5,6 milhões de pessoas em todo o mundo. Cerca de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados pelas autoridades de saúde.