Declarações no final do encontro Famalicão-Estoril Praia (3-0), da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Hugo Oliveira (treinador Famalicão) “Sabíamos o que queríamos deste jogo e que íamos defrontar uma equipa de qualidade, que conhecíamos bem. Tivemos de ser extremamente rigorosos do ponto de vista tático e os jogadores foram irrepreensíveis nesse aspeto, o que permitiu levar o jogo para onde queríamos.
Esse rigor deu-nos capacidade para manter o equilíbrio até ao momento do primeiro golo. Depois disso, tirámos proveito do que sabíamos que ia acontecer, pois o adversário abriu-se mais. Criámos mais oportunidades e fomos eficazes.
Além disso, não sofremos golos, o que também é mérito da nossa organização.
(sobre objetivos para o que resta da época) É verdade que começámos mal, mas nunca perdemos o norte. Sabíamos o caminho que queríamos seguir. Trabalhamos para dar alegria aos adeptos e queríamos muito que a nossa casa se tornasse numa fortaleza.
No fim, faremos as contas. Os pontos dirão qual é o nosso lugar na tabela. E acredito que será um lugar que nos deixará felizes e orgulhosos, como já estamos agora, pelo desenvolvimento que temos mostrado”.
– Ian Cathro (treinador do Estoril Praia): “Mostrámos uma grande vontade de fazer melhor, de jogar bem, de lutar pela vitória, mas perdemos algum equilíbrio. Isso é natural quando tens de ir para a frente, mas talvez também tenhamos perdido um pouco de equilíbrio mental. Não conseguimos fazer um jogo tão consistente.
Chegámos muitas vezes ao último terço do campo, mas, depois, faltou algo. Perdemos um pouco o controlo, não necessariamente do jogo, mas do nosso próprio jogo, depois do primeiro golo.
(sobre objetivos para o que resta da época) Um dos grandes êxitos do nosso trabalho tem sido não vivermos na euforia, nem no drama. Mantemo-nos focados e temos os nossos próprios objetivos, que ninguém conhece, porque são nossos, mas vamos atrás deles.
Soube no balneário que tinha sido expulso no final do jogo. Como sempre, quando as partidas terminam, fui cumprimentar o treinador adversário e a equipa de arbitragem. Hoje, disse-lhes [aos árbitros] ‘bom jogo’ e depois ‘hoje foi um grande desastre’. Na minha cabeça, o que estava a dizer era ‘today was a big disaster’ [Ian Cathro é escocês].
Não acho que seja ofensivo, nem acho que fiz qualquer tentativa de criticar o árbitro. Apenas partilhei a minha opinião. Mas com isto, obrigou-me a quebrar a minha regra de nunca falar de arbitragem”.