Declarações no final do encontro Sporting-Gil Vicente (2-1), da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio José Alvalade:
– Vítor Oliveira (treinador do Gil Vicente): “Penso que se tivéssemos marcado mais cedo podíamos ter perturbado a equipa do Sporting. Não foi possível, penso que a vitória foi justa – e é sempre justa porque o resultado reflete os golos marcados -, mas foi um jogo dividido, em que criámos três ou quatro ocasiões. O Sporting, a meio da segunda parte, teve também um período em que podia ter fechado o jogo. Teve um sabor um bocadinho amargo, porque fizemos talvez o suficiente para conseguir outro resultado.
[Sobre as contas da manutenção na I Liga] É uma luta muito difícil para as sete equipas, temos consciência de que ainda não está resolvido. Nós vamos preparar-nos para fazer mais pontos, temos consciência das dificuldades que vamos encontrar, assim como os outros clubes também vão encontrar dificuldades. Os mais competentes vão ficar e os menos competentes vão descer”.
– Rúben Amorim (treinador do Sporting): “Olho para cima e tenho um clube a nove pontos e olho para baixo e tenho um a cinco. O foco é segurar a posição, temos um calendário muito difícil e não acho que o terceiro ou até o quarto lugar esteja garantido. Não é falta de ambição. Sou realista e penso que jogo a jogo vamos fazer o caminho que temos de fazer.
Aquilo que tenho vindo a dizer é que sei que os adeptos do Sporting querem títulos. Temos até o exemplo do Liverpool, que levou muitos anos a conseguir aquilo que tem agora. Não sabemos o dia de amanhã e é difícil para os jogadores, sobretudo jovens, pensarem dois ou três jogos à frente. Desde que entrei aqui que o objetivo é que o próximo jogo é para ganhar e não há maior ambição do que essa.
[Trajetória melhor do que os rivais na retoma do campeonato] Parece que sim, mas tivemos tempo para preparar [a equipa]. Nisso a pandemia ajudou-nos um pouco. O sentido inverso é o nosso trabalho. Sofremos em todos os jogos, nunca sentimos o jogo claramente controlado, mas sofremos todos juntos e, para mim, é um prazer enorme sofrer com eles. Mais do que a técnica ou tática, por vezes é isso que faz uma equipa forte.
[Sobre a aposta em mais jogadores da formação] Sabemos que eles [Joelson Fernandes e Tiago Tomás] precisam de tirar a estreia do corpo e vão evoluir com os jogos. Temos também jogadores experientes que os ajudam nesta fase e os resultados também ajudam.
[Sobre o que tem a ensinar] Tenho tido bons jogadores, o que ajuda muito, e tenho tido sorte nos momentos certos, gente que acredita em mim, gente que acreditou aqui e foi contra outros pagando um valor alto. Não tenho nada a ensinar a eles, tenho, sim, a aprender muito”.