“É importante que se diga fizemos dois golos a não jogar nada na primeira parte”

Declarações dos treinadores do jogo Aves-Gil Vicente (1-2)
Foto: Imagens GVTV

Declarações após o jogo Desportivo das Aves-Gil Vicente (1-2), da 11.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:

– Vítor Oliveira (treinador do Gil Vicente): “Mudaram os resultados, que possibilitaram duas vitórias, mas continuamos com alguma irregularidade.

É importante que se diga fizemos dois golos a não jogar nada na primeira parte. Era extremamente injusto o resultado para o Aves ao intervalo.

Disse aos meus jogadores que precisávamos de jogar mais e melhor para aguentar a vantagem de um golo que tínhamos levado para o intervalo sem merecer.

Na segunda parte, o jogo foi mais equilibrado. Aproveitámos o adiantamento da equipa do Aves, que, naturalmente, foi para a frente, e até criámos as melhores situações.

As vitórias são sempre justas das equipas que marcam mais golos. São duas vitórias extremamente importantes, que fazem toda a diferença, entre uma equipa que está com as calças na mão e uma equipa que está estabilizada a meio da tabela.

Tentaremos entrar mais fortes no reinício do campeonato, mas sabemos que vamos sofrer até ao fim, em conjunto com mais oito ou nove equipas, para fugir aos dois últimos lugares.

Queremos pontos e temos de ser rigorosos a lutar por pontos.

No último jogo fora, em Famalicão, fizemos um grande jogo e tivemos zero pontos. Os pontos ficam para a história, as exibições não. Mas também queremos jogar bem e hoje fizemos uma primeira parte muito má, abaixo do que é exigível na I Liga.

No início da época este cenário agradava? Era satisfatório. Sabemos que as equipas da cauda da tabela vão perder muitos pontos. Este campeonato é competitivo e equilibrado, mas nivelado por baixo.

Neste momento, não temos grandes equipas no futebol português. Por isso, estes pontos são importantes e permitem encarar os próximos jogos com otimismo. Treze pontos são satisfatórios”.

– Leandro Pires (treinador interino do Desportivo das Aves): “Que as coisas estão complicadas, nós sabemos. Relativamente ao jogo, a primeira parte foi dominada pelo Aves. Devíamos ter circulado de forma mais rápida para criar situações de perigo. Optámos por jogar direto, não conseguimos ligar o jogo e não se registaram grandes oportunidades. Sofremos dois golos contra a corrente do jogo e a equipa ficou intranquila.

O golo que marcámos podia dar confiança para a segunda parte, mas os índices de confiança estão um pouco abalados. Tivemos pouca variabilidade de jogo e daí não ter havido grandes oportunidades. Temos de aceitar o resultado, o Gil Vicente foi mais eficaz.

É um sentimento de tristeza. Apesar do trabalho, estamos frustrados por não conseguir aquilo que pretendemos. Os jogadores estão com uma enorme vontade de dar a volta, mas têm de começar a acreditar mais neles. Só todos juntos é que conseguimos, não podemos querer decidir as coisas individualmente.

Não tenho nenhuma informação sobre o meu futuro. A minha vontade é servir o Aves da melhor forma. Tem de ser o clube a decidir”.

 
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