“É duro sair daqui só com um ponto”

Declarações após o jogo Portimonense-Famalicão (1-1), da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Portimão:

– João Pedro Sousa (treinador do Famalicão ): “É duro [sair daqui só com um ponto]. Sentimos que podíamos ter ganho, que merecíamos ter ganho, pela qualidade do jogo, pelas oportunidades que tivemos, por aquilo que não permitimos que o Portimonense fizesse aqui no seu campo.

Na segunda parte, há uma tentativa de reação do Portimonense. Fazem uma pequena alteração, em termos de comportamentos, no início da sua construção. Nós aí perdemos um pouco a capacidade de pressionar tão bem como na primeira parte.

No entanto, nesse período, a única coisa que permitimos ao Portimonense foi ter um pouco mais de bola. Não conseguimos obrigar ao erro como na primeira parte, em que o Portimonense cometeu erros forçados com alguma frequência no início da sua construção, mas na segunda parte não o conseguimos fazer. Não comprometemos a nossa baliza, com exceção do lance do golo. Depois, tentámos nós reagir, à procura do segundo golo.

Entretanto, há a situação da expulsão e, tal como temos planeado em situações deste género, colocámos seis jogadores em cima da linha defensiva do Portimonense, com largura total pelos laterais, encostámos o Portimonense totalmente na sua área, no entanto, não conseguimos marcar.

O Portimonense tem defesas muito fortes na zona central e conseguiu resolver algumas situações de cruzamentos, que seriam, em teoria, a forma mais simples de chegar a zonas de finalização.

Olhando para o jogo, para as oportunidades, para a qualidade do jogo, fico com a sensação clara de que podíamos ter ganho o jogo. No entanto, para o merecer, se calhar tínhamos de marcar e não sofrer o golo que sofremos, porque também é nossa responsabilidade, é um erro que podíamos facilmente ter corrigido”.

– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Nós fomos muito ‘soft’ [macios] nos momentos sem bola no primeiro tempo. Estava fácil para o Famalicão ligar o jogo para o ataque em zona central, estava muito fácil e deu que o Famalicão dominou o primeiro tempo.

Tivemos, nesse primeiro tempo, umas quatro boas saídas, principalmente pelo corredor esquerdo, a ameaçar também o nosso golo, mas sentia-se que o domínio e maior controlo do jogo estava nas mãos do Famalicão, confortável com a vantagem, num lance muito mal defendido. De facto, um primeiro tempo longe daquilo que eram as nossas ambições e daquilo que tínhamos preparado para o jogo.

Alterámos ao intervalo e falámos disso mesmo. E a resposta foi boa, foi muito melhor. Acho que somos nós que mandamos [no jogo] até ao momento da expulsão. Conseguimos um golo, a coisa prometia, estávamos a embalar, à procura de tentar virar o resultado, e o momento da expulsão mandou-nos segurar esse ponto, porque o campeonato faz-se de pontos.

Refrescámos os corredores para poder fechar a largura, porque tínhamos a zona central bem preenchida, para não entrarem por dentro, e porque íamos convidar o Famalicão a pôr bolas na zona lateral, e também com vista a uma possível fugida.

Houve ali duas ameaças, mas era muito mais sensato guardar o ponto do que correr grandes riscos naquele momento, defrontando uma equipa de grande qualidade. E nós também temos de ter a humildade de perceber que este ponto, nestas circunstâncias, foi uma conquista”.

 
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