É de Ponte de Lima, GNR em Arcos de Valdevez e sagrou-se campeão nacional de triatlo longo

Sandro Silva já se prepara para o Mundial
Foto: DR

Sandro Silva é natural de Arcozelo, Ponte de Lima, militar da GNR em Arcos de Valdevez e sagrou-se campeão nacional de triatlo longo no escalão de M35-39, em Caminha. Começou a praticar a modalidade em 2019, depois de ir ver dois colegas participarem no Iron Man de Cascais. Deixou “hábitos menos saudáveis” que tinha e a sua vida deu “uma volta de 180 graus”. Agora, a seguir ao título nacional, o foco está no Campeonato do Mundo.

Sandro Silva pertence ao PIPS (Pelotão de Intervenção, Proteção e Socorro) da UEPS (Unidade de Emergência de Proteção e Socorro) da GNR em Arcos de Valdevez, que já lhe deu os parabéns pela conquista nas redes sociais. “A persistência e superação não está presente apenas nos desafios do cumprimento da nossa missão, o Guarda Silva vai mais além”, felicita a UEPS.

O atleta de 34 anos (completa 35 em agosto deste ano, daí estar já no escalão M35-39) completou 1,9 kms a nadar, 90 kms de bicicleta e 21 kms a correr, em 04h17m11s. “O que me correu pior foi a corrida, que é onde costumo ser mais forte, mas senti dores de barriga assim que comecei a correr”, conta o atleta que representa a EDL – Escola Desportiva Limiana a O MINHO, notando que “ia sem grandes expectativas” para este XIII Triatlo Longo de Caminha.

Começou em 2019

“O ano passado foi muito difícil, andava com alguns problemas de saúde, que já tratei, e as provas correram mal. Este ano, já tinha feito um pódio de escalão em Setúbal. Fui para Caminha sem grandes expectativas, ia tentar fazer a minha prova. Não tinha noção de que estava em primeiro do escalão, só depois de cortar a meta é que os meus colegas me disseram”, revela Sandro Silva, notando que era algo que “ambicionava há muito tempo”.

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Esta participação de Sandro Silva no Campeonato Nacional em Caminha foi também a primeira prova da secção de triatlo da EDL, criada no início de maio.

Sandro Silva começou a fazer triatlo em 2019. “No ano anterior tinha ido ver dois colegas do tempo do Exército no Cascais Iron Man. Gostei do que vi, do ambiente, e decidi mudar, dar uma volta de 180 graus à minha vida e comecei a treinar. No primeiro ano treinei sozinho e corri ainda nos não federados. No primeiro triatlo que fiz, em Caminha, subi ao pódio na categoria de não federados”, recorda.

Nesse ano, também participou no meio Iron Man de Cascais (70.3 milhas, enquanto o Iron Man completo é 140,6 milhas) e percebeu que “era para levar a sério”. Desde então, já fez quatro vezes a prova Iron Man completa (3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,125 km de corrida).

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No ano seguinte, decidiu ser acompanhado por um treinador. Já teve três. Atualmente é seguido por Jon Iriberri.

“Tinha hábitos que não eram os mais saudáveis”

Sandro Silva tinha deixado a canoagem em 2008/2009 e desde então estava mais ligado a organizar provas de downhill e enduro. “Tinha hábitos de vida que não eram os mais saudáveis”, recorda. Mas quando viu os colegas fazer a dura prova de triatlo, pensou: “Até fazia isto”.

Na primeira vez que foi correr fez quatro quilómetros e demorou “muito tempo”. A pequena corrida ficou registada na aplicação Strava (utilizada por desportistas para partilharem os seus treinos e provas) e os amigos logo começaram “a gozar, mas na brincadeira”. Até o canoísta Fernando Pimenta, recorda Sandro Silva, fez um comentário a “brincar” com o tempo que demorou a fazer os quatro quilómetros.

Mas isso acabou por ser determinante: “Aquilo deu-me um clique e mudei completamente”.

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Colocado em Arcos de Valdevez desde 2013

Sandro Silva entrou no Exército em 2010, ingressou na GNR em 2012 e desde 2013 que está colocado em Arcos de Valdevez.

Conciliar a profissão com a parte desportiva “não é muito fácil”, até porque também é treinador de atletismo na EDL e acompanha atletas à distância, mas sempre conta com a ajuda e disponibilidade dos camaradas quando tem provas. Contudo, como está na especialidade de combate a incêndios, o verão é sempre uma “fase mais complicada” de gerir.

Campeão mundial? “Tudo é possível”

Daqui a pouco mais de duas semanas, o militar estará a competir no Mundial de Triatlo Longo em Pontevedra e vai “com boas expectativas” para esta que será a sua participação de estreia.

E conclui: “Depois de ser campeão nacional, uma pessoa pode achar que tudo é possível, o sonho era o pódio ou até mesmo ser campeão do mundo”.

 
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