O Grupo DST, de Braga, acaba de anunciar a subida do salário mínimo em vigor na empresa para 740 euros, indo mais além da lei que o situa nos 705 euros para 2022.
Em comunicado enviado a O MINHO, a empresa salienta que esta medida tem como “objetivo combater a precariedade laboral e contribuir para o cumprimento das diretrizes europeias no que toca a condições de trabalho e dignidade social”.
Em 2021, a empresa atualizou o salário mínimo para 700 euros e volta agora a subir para 740 euros, acrescido de subsídio de alimentação, seguro de vida, seguro de saúde e “mais de 70 outros benefícios à disposição dos seus trabalhadores”.
“Somos uma organização muito grande, com muitas responsabilidades, com projetos muito importantes e complexos, que exigem profissionalismo e dedicação. Para sermos apelativos ao mercado, não só com os nossos projetos e filosofia, mas também com as condições que oferecemos, procuramos garantir salários adequados e benefícios que façam a diferença na vida das pessoas”, refere José Machado, diretor de Recursos Humanos do dstgroup, citado no comunicado.
De uma forma geral, e segundo as informações da União Europeia, cerca de 20% dos trabalhadores com salários mínimos têm dificuldades em fazer face às despesas e cerca de 11% têm muita dificuldade, havendo mesmo uma percentagem crescente de pessoas que trabalham mas que, ainda assim, vivem na pobreza, passando de 8,3 % em 2007 para 9,4 % do total da força de trabalho em 2018.
“Ao promovermos melhores condições de trabalho e de vida, através de salários adequados e outros benefícios em vigor no grupo, promovemos o desenvolvimento, a inovação e aumento da produtividade. Esta medida beneficia não só os trabalhadores, mas também a organização que tem comprovadamente uma eficiência maior e um crescimento mais sustentado”, conclui o mesmo responsável.
A DST realça acreditar que “a remuneração adequada é um caminho para o desenvolvimento e crescimento não só da organização, mas também do país”.
Com esta filosofia – acrescenta o comunicado – desenvolveu ao longo dos anos um campus com uma área de um milhão e duzentos mil metros quadrados, onde tem ao dispor de todos os trabalhadores uma biblioteca com milhares de obras literárias, um restaurante com quatro refeições variadas diariamente, dois campos de futebol, um campo de ténis, um circuito de manutenção, diversos espaços de descanso e lazer, nomeadamente spots artísticos que convidam à meditação, à contemplação, à leitura e, mais recentemente, criou ainda uma discoteca (que irá retomar a atividade assim que a pandemia o permitir com a máxima segurança).
“Este investimento promove a relação laboral, a interação e acima de tudo o bem-estar”, considera a empresa.
A “diretiva do parlamento europeu e do conselho, relativa a salários mínimos adequados na União Europeia” declara no seu documento que “a garantia de que os trabalhadores na UE auferem salários adequados é essencial para assegurar condições de vida e de trabalho dignas, bem como para construir economias e sociedades justas e resilientes, de harmonia com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e os respetivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.