A Domingos da Silva Teixeira, SA (DST), com sede em Braga, foi a empresa adjudicada com o contrato que visa a modernização do regadio de Pranto, na zona do Baixo Mondego, em contrato ‘fechado’ pelo valor de 17.826.265,99 euros (+IVA).
O anúncio foi hoje publicado no portal de contratações públicas com apoio do Estado.
A proposta da construtora bracarense acabou por ser inferior ao preço estipulado no concurso inicial, batendo assim a concorrência de outras nove empresas de construção, entre as quais as minhotas Casais, Alberto Couto Alves e ABB, colhendo a preferência da entidade adjudicante, a Associação de Beneficiários da Obra de Fomento Hidroagrícola do Baixo Mondego.
Na descrição do projeto, consultado esta terça-feira por O MINHO, o mesmo visa a modernização do regadio, abrangendo os campos de zona plana do vale do Pranto e os campos de encostas suaves, numa área de 700 hectares.
Em discussão no Parlamento, em 2018, foi indicado que o Bloco do Pranto “é uma área onde o regadio apresenta problemas sérios tais como a escassez de água doce e risco de invasão por água salgada e estrutura fundiária de minifúndio”.
A DST terá agora a cargo a construção do adutor da margem direita, infra-estrutura de adução de água, que torne desnecessária a utilização do rio como reservatório e vai permitir a separação entre distribuição da água e drenagem ao nível das redes secundárias, e do distribuidor, que se desenvolve ao longo da Estrada Municipal 622.
O adutor terá uma extensão de 9.970 metros (cerca de 10 quilómetros).
As obras terão, também de propiciar a utilização do rio de forma mais natural e como eixo principal de drenagem do vale, para além da reabilitação e automatização das comportas do Alvo e da Maria da Mata, as quais vão deixar de servir para garantir o armazenamento de água no rio mas irão continuar a servir para impedir a entrada de água salgada nos campos.
“Estas devem estar abertas na baixa-mar, sempre que o nível da água no rio Mondego for inferior ao nível de água no Pranto. Podem ser fechadas, pontualmente, durante o Inverno, para proceder à inundação controlada dos campos, no intuito de reduzir o processo de salinização dos mesmos; construção de açudes de derivação da água para os dois campos das zonas de encosta”, lê-se no concurso.
Vão ser ainda construídas redes secundárias de rega, de drenagem e de caminhos agrícolas.
Esta é a sexta obra pública mais valiosa da DST até à data.