Cinco dos sete homens acusados do assalto à mão armada aos CTT em Celeirós, Braga, em fevereiro de 2015, confessaram esta segunda-feira a autoria do crime, justificando-o com contas para pagar, filhos para criar e dependência da droga.
Na primeira sessão do julgamento, os outros dois arguidos optaram pelo silêncio.
Os que falaram asseguraram que um dos demais arguidos, de etnia cigana, não participou no assalto.
Disseram ainda que quem esteve presente foi um outro homem da mesma etnia, o qual, no entanto, não identificaram.
O assalto registou-se no final da tarde de 19 de fevereiro, tendo o roubo rendido cerca de 32 mil euros.
Segundo a acusação, os indivíduos efetuaram vários disparos para o ar, para intimidar os mais de dez funcionários que se encontravam no interior do pavilhão dos CTT Expresso.
Esta segunda-feira, em tribunal, um dos arguidos disse que foi efetuado um disparo, pelo elemento do grupo que não foi acusado.
O assalto rendeu perto de 33 mil euros, mas a GNR deteve a maioria dos suspeitos pouco depois do assalto e recuperou cerca de metade do dinheiro.
Um outro assaltante acabou por se entregar às autoridades cerca de uma semana depois.
Segundo Machado Vilela, um dos advogados do processo, os CTT ficaram prejudicados em cerca de 16 mil euros, mas os arguidos já se comprometeram a pagar aquela quantia, solidariamente, até ao final do julgamento.
Em relação ao destino do dinheiro com que conseguiram ficar, um dos arguidos disse que foi dividido de forma equitativa por todos, tendo cabido a cada um cerca de 4 mil euros, uma tese que, no entanto, não foi confirmada pelos restantes elementos do grupo.
Os sete estão acusados de roubo agravado, sendo que seis estão em prisão preventiva.
O outro, que acabou por colaborar com a polícia, está em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica.