O grupo de alegados “casuais” de Braga suspeitos de terem atacado um grupo de adeptos do Vitória SC que estava a ser escoltado pela PSP, antes do jogo de sábado, em Braga, saíram, ao fim desta tarde, em liberdade do Tribunal de Guimarães.
A procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Ministério Público decidiu que o processo criminal continuará em investigação, optando por não avançar com julgamento sumário, nem os apresentar à juíza de instrução criminal.
Os treze arguidos, um dos quais não participou nos incidentes, mas terá recusado a ordem policial de abandonar as imediações dos desacatos, saíram com a mesma medida coativa já aplicada pela PSP e que é obrigatória, o termo de identidade e residência.
Tal como O MINHO adiantou, foram detidos este sábado, pela PSP de Braga treze adeptos bracarenses, porque segundo um comunicado oficial da PSP à imprensa, atacaram um grupo de adeptos visitantes, que iam para o Estádio Municipal de Braga.
Nas imediações, os alegados “casuais” do Vitória SC, já conhecidos nos meios futebolísticos como “Suspeitos do Costume”, terão sido atacados por sua vez pelos supostos “casuais” de Braga, que depois se colocaram em fuga imediatamente.
Segundo a PSP, os incidentes verificaram-se cerca das 19:45 de sábado, isto é, ainda 45 minutos ainda antes do início do jogo entre o SC Braga e o Vitória SC, quando dezenas de adeptos de ambos os clubes se insultavam mutuamente.
Esse grupo de adeptos bracarenses detidos em flagrante delito foram apanhados pela PSP e logo detidos, tendo sido todos notificados para comparecerem, na tarde desta segunda-feira, no DIAP do Ministério Público de Guimarães.
Segundo a versão policial, os adeptos bracarenses terão lançado engenhos pirotécnicos, pedras e garrafas, na direção dos seus rivais vimaranenses e dos próprios agentes da PSP que os escoltavam, colocando assim em causa a integridade física de todos.
Uma moto das Equipas Especiais da PSP foi danificada pelos ataques, além de capacetes dos agentes da PSP de Braga, devido aos ataques contra a Polícia de Segurança Pública, quando os seus agentes protegiam vários adeptos do Vitória SC.
Entretanto, um jovem de 16 anos foi também detido pela PSP, uma vez que, segundo a versão policial, arremessou um engenho pirotécnico, tendo rebentado contra os adeptos do Vitória SC e os polícias que lhes faziam uma caixa de segurança.
Este menor de 16 anos foi igualmente detido e mandado comparecer no Palácio da Justiça de Guimarães, tal como um décimo terceiro arguido, de 37 anos, pois alegadamente não terá obedecido a ordem policial de abandonar o local, o que este já negou.
Apesar dos factos terem sido em Braga, os suspeitos foram notificados para comparecerem no DIAP do MP de Guimarães, por ser no Ministério Público de Guimarães que tratam casos de violência no fenómeno desportivo em todo o distrito de Braga.
À saída do Palácio da Justiça de Braga, dois dos defensores dos arguidos, os advogados Reinaldo Veloso Martins e João Faria Gayo, não quiseram prestar declarações aos jornalistas, limitando-se a afirmar que “a seu tempo os factos serão esclarecidos”.