O ‘fosso’ salarial entre CEO’s de empresas que estão cotadas em bolsa e empregados nessas grandes empresas portuguesas duplicou nos últimos dez anos, tendo como exemplo máximo Pedro Soares dos Santos, CEO da Jerónimo Martins (dona do Pingo Doce), que ganha 186 vezes mais o valor do salário médio que paga aos empregados. Em 2016, o valor era de 90 vezes mais, o que indica uma subida para mais do dobro em sete anos.
Na edição desta sexta-feira do semanário Expresso, é apontada a diferença salarial entre os mais conhecidos empresários e gestores nacionais e o que é pago, em média, aos trabalhadores. Para além da diferença praticada na Jerónimo Martins, cujo CEO recebeu 3,7 milhões de salário no último ano, também a Sonae é citada com um exemplo nesse sentido, com a CEO Cláudia Azevedo a receber 82 vezes mais em remuneração bruta ao final do ano.
Em terceiro lugar da ‘lista’ está a Mota-Engil, com Gonçalo Moura Martins (que entretanto saiu no final do ano passado) a ganhar 49 vezes mais que a média salarial da empresa. Segue-se a EDP, com Miguel Stilwell de Andrade a auferir 42 vezes mais na folha salarial bruta.