José Alexandre Oliveira é, desde 2007, presidente do Conselho de Administração da Riopele, mas foi no “chão de fábrica” que iniciou o seu percurso naquela que hoje é uma das maiores têxteis do país e que está sediada no concelho de Famalicão.
“É onde se aprende tudo. Foi importantíssimo e foi provavelmente a melhor experiência que me podiam ter proporcionado”, conta.
Corria o ano de 1977 quando começou a trabalhar na Riopele, mas a paixão pela ‘gigante’ têxtil sediada em Famalicão nasceu muito antes. Mais propriamente nos tempos de infância em que recorda os dias passados a brincar nos corredores da fábrica fundada pelo avô e mais tarde administrada pelo pai.
Com a “grande família” Riopele muito perto de completar 100 anos. Foi fundada em 1927 pelo seu avô, que criou uma “startup” num moinho com dois teares.
Em 2023, fechou o ano com vendas históricas de 98 milhões de euros. José Alexandre Oliveira acredita que a receita que tem feito crescer a Riopele “não está ultrapassada”.
“É estar sempre preocupado em inovar e desenvolver produto”, conta, lembrando os mais de trinta profissionais que hoje em dia trabalham na Riopele exclusivamente na área do desenvolvimento de produto.
É perentório em apontar os trabalhadores – “todos” – como o ponto forte da Riopele. “Se todos estivermos alinhados e se tivermos um produto inovador e competitivo então temos tudo para acreditar no futuro”, disse.
O percurso de José Alexandre Oliveira e da Riopele mereceu a atenção do presidente da autarquia, no âmbito do roteiro “Os Rostos da Região Empreendedora Europeia” que tem dado a conhecer “muitos dos nomes que ajudam a posicionar Vila Nova de Famalicão como uma das maiores e mais pujantes economias do país e a impulsionar o ADN empreendedor”.
Na visita que efetuou à empresa, na passada quinta-feira, Mário Passos conheceu de perto a força desta histórica empresa do concelho.
“Saio da Riopele muito impressionado com a sua vitalidade e com a inovação e sofisticação que vemos em todo o processo de produção. Prestes a completar 100 anos, a Riopele dá-nos grandes lições sobre como deve ser o futuro da indústria têxtil”, referiu o edil, citado em comunicado.
Fundada em 1927, recorde-se que a Riopele é uma das mais antigas empresas têxteis portuguesas e uma referência internacional na criação e na produção de tecidos para coleções de moda e de vestuário.
“Incorporando práticas sustentáveis a todos os níveis do negócio, a Riopele aposta na produção de tecidos de qualidade elevada, desenvolvidos a partir de fibras naturais, sintéticas, artificiais e recicladas, sendo especialista na composição poliéster/viscose/elastano”, lê-se na nota da Câmara.
Como empresa líder na produção de tecidos para moda, a Riopele integra verticalmente as áreas de I&D, da Fiação, da Tinturaria, da Torcedura, da Tecelagem e da Ultimação, oferecendo um serviço de produção têxtil vertical, capaz de “acompanhar o atual ritmo acelerado da indústria de moda”.
Com quase 100 anos de experiência na indústria têxtil e da moda, a Riopele dispõe ainda de um serviço vertical na criação e produção de peças de vestuário, baseado nos valores da “qualidade, confiabilidade e excelente serviço ao cliente”.