O Ministério Público acusa dois indivíduos de ofensa à integridade física qualificada, considerando que os crimes, cometidos em Braga, foram motivados “por ódio político”. Os arguidos são um elemento do Núcleo Antifascita de Braga e outro do grupo nacionalista Escudo Identitário.
Na sua página da internet, a Procuradoria Geral Distrital do Porto refere que, por despacho proferido no dia 15.11.2020, o Ministério Público no DIAP da Procuradoria da República de Braga (Guimarães, 1.ª secção) deduziu acusação contra dois arguidos, imputando a um deles a prática de um crime de ofensa à integridade física qualificada e ao outro a prática de dois crimes de ofensa à integridade física qualificada.
A acusação defende que “qualquer dos arguidos atuou motivado por ódio político, que alimentava relativamente a quem perfilhasse ideologia completamente oposta à sua”.
O Ministério Público descreve que, no dia 23 de junho de 2019, pelas17:15, na Rua Professor Doutor Elísio de Moura, Braga, “depois de trocarem palavras devido a conflitos que mantinham por divergências ideológicas, os arguidos agarraram os pescoços um do outro”.
Ainda segundo a acusação, no dia 20 de fevereiro de 2020, pelas 22h15, no Largo da Estação, em Braga, os arguidos voltaram a envolver-se “em troca azeda de palavras, motivadas pelas suas divergências ideológicas; e que neste contexto, o arguido membro do Núcleo Antifascista, com um objeto perfurante, semelhante a uma faca ou navalha, desferiu um golpe com força na direção do arguido ligado ao Escudo Identitário, espetando-lhe esse objeto no flanco esquerdo do abdómen, assim lhe originando lesões físicas que demandaram o seu tratamento médico de urgência e quarenta e cinco dias para a cura”.