O Ministério Público (MP) acusa dois arguidos, de 23 anos, dos crimes de homicídio qualificado e detenção de arma proibido por um “ajuste de contas” que terminou com a morte de um jovem, de 25 anos, após ter sido baleado, à porta de um café, em Braga.
Tudo aconteceu na madrugada de dia 05 de outubro do ano passado, quando Luís, conhecido como Max, baleou Carlos Galiano, natural de Amares, quando este se encontrava na esplanada de um café na Rua Monsenhor Airosa no Fujacal, em Braga. Carlos Galiano faleceria dois dias depois no Hospital de Braga.
Segundo o MP, os arguidos foram àquele local, porque “sabiam que” lá “podiam encontrar a vítima”, Carlos Galiano, “com quem estavam ambos inimizados por considerarem que as declarações que prestara tinham sido decisivas para a condenação de um deles em processo criminal anterior, dele pretendendo, por tal motivo, tirar desforço”.
Max e Carlos Galiano eram amigos desde a infância, em Amares, tendo ambos jogado futebol em clubes da zona.
No final da adolescência começaram a consumir drogas leves e acabaram julgados, no Tribunal de Braga, com outros 13 arguidos, por tráfico de droga na vila, tendo sido condenados a 18 meses de prisão, com suspensão da pena, por tráfico de menor gravidade. E, como O MINHO noticiou, Max estava convicto de que Carlos Galiano o tinha ‘chibado’ às autoridades.
Nos últimos tempos antes do crime, Max estava a trabalhar em França quando houve uma rixa em Portugal, entre Carlos Galiano e um dos colegas de trabalho do atirador. A tensão entre os dois escalou desde então.
O despacho do MP, de 05 de abril deste ano, nota, ainda, que os dois arguidos, “tendo encontrado a vítima nesse local, dirigiram-se ambos à mesma e o arguido que fora condenado, com uma arma de fogo de calibre 6.35 de que se munira, atingiu-a com dois disparos no abdómen, os quais lhe provocaram ferimentos que, apesar do pronto socorro hospitalar prestado, vieram a provocar-lhe a morte”.
Max entregou-se à PSP, confessando ser o autor do crime, e ficou em prisão preventiva.
Já o cúmplice, tal como O MINHO noticiou, estava a ser procurado pela PJ. Segundo vários testemunhos de familiares de Carlos Galiano, foi o cúmplice que viu que Carlos Galiano estava numa esplanada dum restaurante no Fujacal, e chamou Max, por saber que este andava atrás dele, supostamente para o matar.